Um protesto pedindo eleições diretas em Dourados mobilizou nesta manhã estudantes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). A manifestação, que aconteceu na via de entrada da cidade universitária de Dourados, contou com entrega de folhetos, adesivagem e até um megafone usado pelos acadêmicos para exigir a cassação do prefeito Ari Artuzi e seu vice, Carlinhos Cantor.
“Nós não podemos, nem vamos, fechar os olhos para esse momento que é histórico. Se a gente não se manifestar, se as pessoas não se conscientizarem, é possível que em pouco tempo esses mesmos políticos voltem ao poder”, diz o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UEMS, André Luis Barbosa, um dos principais agitadores da manifestação entre os acadêmicos.
O protesto também teve o apoio do Comitê de Defesa Popular. O coordenador do comitê, Ronaldo Ferreira, participou da ação e convocou todos os setores organizados da sociedade a se manifestarem. Ferreira lançou ainda um desafio para que os cursos de direito de Dourados se mobilizem em torno das questões políticas municipais. “Isso que está acontecendo em Dourados pode ser uma grande aula prática para os que lidam com Direito. É um momento inédito em todo o Brasil e nós precisamos agir”, diz Ferreira.
A grande maioria das pessoas abordadas durante o manifesto apoiava a ação dos estudantes e concordavam com a cassação dos políticos e o estabelecimento de eleições diretas imediatamente. Alguns, porém, agiam com repúdio ao movimento, inclusive, em alguns casos, acelerando os carros e colocando em risco a segurança dos manifestantes.
Folheto de protesto
O folheto entregue pelos estudantes trazia os nomes e fotos dos 12 vereadores que atualmente integram a câmara municipal de Dourados. “Estes são os vereadores que estão com a responsabilidade de cassar o mandato do prefeito Ari Artuzi e do vice Carlinhos Cantor. Eles têm o poder de convocar novas eleições diretas para prefeito ainda em 2010. Cobrem desses vereadores o seu direito de votar para prefeito. Somente com a cassação ou renúncia dos corruptos é que Dourados poderá voltar a ter dignidade”, dizia o folheto.
