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Tetila participa da entrega documentos na Reserva de Dourados

20 junho 2011 - 20h01Por Redação Douranews, com Assessoria

O deputado estadual Laerte Tetila participou, ontem (19), junto com representantes da Defensoria Pública, da entrega certidões de nascimento, identidade e outros documentos à comunidade indígena de Dourados. “Só com esses documentos eles se tornam cidadãos; podem arrumar emprego, serem atendidos nos postos de saúde e até votar”, salientou o deputado.

Tetila fez questão de cumprimentar dona Biloca. “ Essa senhora é um exemplo da força de todo um povo; da vontade de viver que supera qualquer obstáculo”, assegurou o deputado do PT.

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Aos 103 anos, Dona Biloca só agora ganhou certidão de nascimento

Com passos lentos, devido à idade avançada, a indígena Biloca de Oliveira, de 103 anos, só agora ganhou a sua certidão de nascimento. Nascida em 1908, na aldeia Jaguapiru, em Dourados, dona Biloca é mãe de dois filhos, que já morreram, e tem uma longa história de vida. Apesar disso, até há poucos dias, ela fazia parte de um grupo de milhares de brasileiros que sequer existe oficialmente. São as pessoas que não têm documentos.

Além da dona Biloca, outros indígenas receberam, com orgulho, os novos documentos de identificação. Como Gumercido Martins, da etnia Kaiowá, que não tinha certidão de nascimento nem Carteira de Identidade. “Agora fica bom. Já posso ir ao posto de saúde e ir na cidade fazer consulta”, disse Martins, mostrando o novo documento.

O amigo dele, Floriano Peixoto, que foi de bicicleta até a Escola Municipal Tengatuí Marangatu, também estava feliz com o registro novo. “Agora vou poder tirar a carteira de trabalho e trabalhar”, explicou o indígena.

A entrega dos documentos faz parte dos mutirões do Comitê Gestor Estadual para Erradicação do Sub-Registro Civil de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica (CEESRAD/MS), vinculado a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas).

Tetila, que é muito querido pela comunidade, incentivou os moradores das reservas indígenas a terem todos os documentos já oferecidos aos não índios. “É um meio de a comunidade exercer sua cidadania e mostrar ao Estado que estão ali e que necessitam dos mesmos cuidados que os demais brasileiros que moram na cidade. Esse é um direito; o direito de existir perante a Nação, aos Poderes Constituídos”, afirmou o deputado Laerte Tetila, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.

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