O ministro dos Esportes Orlando Silva não participou da cerimônia de inauguração da primeira Vila Olímpica Indígena do Brasil, realizada hoje (9) em Dourados. A ausência dele foi justificada no discurso do governador André Puccinelli que disse ter recebido um telefonema do ministro comunicando que uma pane no avião, em São Paulo, impediria a chegada a tempo de participar do ato.
Discursaram, na entrega da obra, além de lideranças indígenas e após várias apresentações culturais, ça do deputado estadual Laerte Tetila (PT), o federal Geraldo Resende (PMDB), que viabilizou a maior parte dos recursos para a Vila Olímpica, o prefeito Murilo Zauith (DEM) e por último o governador. O ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV/RJ), que havia participado com emenda destinando recursos para essa obra, também não veio, mesmo depois de ter sido anunciado ao longo da semana pela assessoria de Resende.
O projeto da primeira Vila Olímpica Indígena do País recebeu investimentos totais de R$ 1,6 milhão provenientes do Ministério do Esporte, garantidos pelas emendas de Geraldo e Gabeira e pelas contrapartidas do Governo do Estado e da Prefeitura de Dourados. Construído na Reserva Indígena de Dourados, entre as aldeias Jaguapiru e Bororó, o complexo possui 29 mil metros quadrados, com quadra poliesportiva, campo de futebol com arquibancada, pista de atletismo, quadra de vôlei de areia, parque infantil cercado, vestiários, banheiros adaptados e ainda um prédio para administração.
Mato Grosso do Sul conta com a segunda maior população indígena do Brasil. São 68.963 pessoas, distribuídas em oito etnias: Guarani-Kaiowá, Guarani Nhadeva, Terena, Kadwéu, Atikum, Ofaié, Kinikinawa e Guató. Elas habitam 75 aldeias, localizadas em 29 municípios. As aldeias de Dourados concentram mais de 12 mil indígenas.
