Pelo projeto, 1500 servidores ficariam fora do reajuste. O motivo para essa discriminação se deve a uma equiparação salarial que esses servidores conseguiram no ano passado durante a gestão provisória da vereadora Délia Razuk (PMDB), interpretada pela atual administração como aumento salarial.
Após acalorada discussão do projeto, o líder do prefeito na Casa, vereador Walter Hora (PPS), defendeu que o projeto fosse votado ainda nessa sessão, gerando o descontentamento dos manifestantes presentes na Câmara.
Elias Ishy (PT) fez requerimento para que a votação fosse adiada em duas sessões. Em defesa da sua posição o vereador apontou que “quem tem que dizer se 6% é bom ou é ruim são os servidores municipais”. Porém, com oito votos contra, o requerimento foi negado. Além de Ishy, votaram favoráveis ao requerimento de adiamento Dirceu Longui (PT), Délia Razuk (PMDB) e Cido Medeiros (DEM). Logo após a Câmara votou o regime de urgência, aprovado por nove votos, entrando o projeto em votação.
A presidenta do Sindicato Municipal dos Servidores (Simsend) Rosa Helena Catelan afirmou que a categoria não está discutindo o índice de 6%, mas sim a inclusão dos 1500 servidores que ficariam sem o reajuste. “Nós apenas queremos que a todos os servidores sejam contemplados com o reajuste”, afirmou Rosa.
O projeto foi aprovado por 11 votos a favor. O único vereador que votou contrário ao reajuste, da forma como foi enviado, foi Elia Ishy, defendendo que toda a categoria fosse contemplada, conforme pediam os manifestantes e o sindicato da categoria. O vereador defendeu a posição de que o governo municipal deveria ter aberto o diálogo com as categorias antes de enviar o projeto.
Estavam presentes na sessão além dos representantes do Simsend, representantes Sinted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Dourados) e Sindicato da Guarda Municipal.