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Os casos de usuários de drogas nas aldeias, principalmente da região sul do Estado, com um aumento significativo nos últimos anos sobretudo de usuários de crack, de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, porém com destaque à população jovem, é uma das constatações do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI/MS) que concluiu em março relatório sobre os programas de atenção básica à saúde indígena.

A identificação destes usuários é muito delicada e complexa, uma vez que são poucos indígenas da comunidade que fazem tal menção. A maioria da população prefere não comentar sobre o assunto e muito menos identificar quem são os usuários, fato que dificulta mais as ações de intervenção e encaminhamentos. Além disso, há dificuldades de encontrar vagas e acompanhamento para os indígenas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Conforme o documento do DSEI/MS são computados 23 casos de índios já acometidos pelo vício das drogas, aguardando uma solução das autoridades ligadas aos programas de saúde mental. Segundo o relatório, os CAPS não encontram-se estruturados e capacitados para atender os indígenas com suas especificidades e particularidades.

“Por este e outros motivos, enfatizamos a necessidade de um Centro de Atenção Psicossocial em território indígena, para além de assistir a demanda de usuários de álcool e drogas também auxiliar nos acompanhamentos de pacientes indígenas que sofrem de algum tipo de doença ou transtorno mental”, propõe o documento, elaborado sob a responsabilidade de Nelson Carmelo Olazar, chefe do DSEI-MS.

Em relação aos pacientes com doença mental, transtornos mentais ou comportamentais, há 393 casos analisados de indígenas que fazem uso de medicamento psicotrópico, necessitando de acompanhamento e monitoramento constante dos profissionais das 36 Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) em funcionamento no Estado. Amambai lidera as estatísticas, com 75 casos, seguida de Dourados, com 64