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Novo prefeito perdeu chance de aprovar reforma administrativa para iniciar futura gestão

28 dezembro 2020 - 19h01

Presidente da Câmara de Vereadores até o dia 31 deste mês, o prefeito eleito Alan Guedes (PP) deixou escapar a primeira e oportuna chance de, ao assumir o mandato executivo, já encontrar uma situação definida em relação ao necessário enxugamento da máquina administrativa, condição imperiosa para que possa fazer frente aos compromissos que terá de imediato, como a contenção de gastos com pessoal e de custeio.

Nesse quesito, aliás, a prefeita que está entregando o mandato também mostrou a mesma dificuldade. Délia Razuk deixou a Câmara como a primeira mulher eleita para a Prefeitura, mas só depois de quase um mês de mandato é que manifestou, em encontro com a então presidente da Casa, vereadora Daniela Hall (PSD), a vontade de promover reforma administrativa, com desmembramento de algumas secretarias.

Mas, também igualmente por falta de melhor assessoramento político, o PLC (Projeto de Lei Complementar) que enviou à Câmara três meses depois de iniciar o mandato, ao invés de reduzir o peso da máquina, trouxe inchaço e onerou mais os cofres públicos. A estrutura de 646 cargos de confiança, de livre nomeação da prefeita, que herdou do antecessor Murilo Zauih, passou para 652, com a justificativa de que estava aproveitando a grande maioria dos cargos já existentes.

Em 2018, com dois anos de mandato, ela fez nova tentativa de ajuste da máquina, igualmente sem sucesso. Délia anunciou que havia necessidade de reforma, chegando a pedir que todos os secretários e ocupantes de cargos do alto escalão pedissem exoneração, para deixa-la a vontade na reestruturação do grupo. “A ideia é ajustar a máquina administrativa, adequando-a à realidade financeira e política do município. Temos dois anos ainda pela frente precisamos preparar o município para o futuro”, discursou na época.

O que se viu, passos quatro anos, é que as poucas substituições promovidas se deram por conta de resultados de operações policiais, onde a prisão ou determinação para o afastamento dos titulares contribuiu para a ‘improvisação’ em cargos estratégicos. Bom para servidores de carreira, que acabaram contemplados em posições chaves, como as atuais secretárias de Obras e de Planejamento, Marise Bianchi Maciel e Adriana Benício, que assumiram as respectivas pastas e vão concluir a gestão junto com Délia Razuk.

Membros da equipe de transição da atual e da futura gestão chegaram a discutir o tema reforma administrativa no mês passado, quando Alan Gueades rsecebeu do ainda assessor especial e homem-forte da prefeita, Alexandre Mantovani, para conferir estdrutura da máquina pública, mas pouco se avançou nesse sentido, e a decisão deve ficar para depois da posse, porque nem os resultados dessa transição foram anunciados ainda.. Alan Guedes decidiu, como fez em outras ações que poderia ter tomado como presidente da Câmara, “deixar o tempo passar”, para sentir a real necessidade de mudanças. Terá quatro anos pela frente.

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