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JBS reage a argumento usado pelo HU para devolver equipamentos de combate a Covid

24 julho 2020 - 22h01

O grupo JBS ainda procura entender quais foram os reais motivos que levaram a direção do HU (Hospital Universitário) de Dourados a optar por devolver um conjunto de equipamentos doados pela empresa, como parte do esforço nacional que chegou a mais de 500 hospitais brasileiros, visando contribuir com o enfrentamento aos impactos provocados pela pandemia da Covid-19.

“Os equipamentos doados pela empresa estão em total conformidade técnica e são indicados para os tratamentos solicitados e para ajudar a salvar vidas em meio à pandemia da Covid-19”, reagiu a JBS em nota.

Nesta quinta-feira (23), a direção do HU informou que decidiu devolver à empresa parte dos equipamentos enviados como doação para ajudar no combate à Covid-19 no Município. No entanto, essa decisão “não prejudica a estruturação tecnológica dos leitos de UTI destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 internados na instituição”, disse, em nota.

De acordo com o grupo JBS, os equipamentos só foram repassados às unidades de saúde do Estado depois que a demanda e o uso dessas doações foram definidos pela Secretaria de Saúde do Estado, quando “ficou evidenciado que os referidos equipamentos oferecem condições para montagem de leitos de UTI no enfrentamento a pandemia de Covid-19”.

Após a decisão do HU, a Secretaria informou que os equipamentos serão transferidos a outras unidades hospitalares, “possibilitando a imediata instalação de novos leitos de UTI com o objetivo único e exclusivo de salvar vidas em nosso Estado”, conforme nota da Secretaria.

O HU devolveu 75 bombas de infusão, 10 ventiladores pulmonares, 30 camas hospitalares, 15 monitores de sinais vitais e 3 desfibriladores. Para a JBS, a recusa desses equipamentos “não tem qualquer relação com questões técnicas ou de viabilidade operacional dos aparelhos doados”, conforme esclarecimento e comprovações técnicas e documentos apresentados em reunião realizada com a Secretaria e profissionais da área da saúde no Estado.

Entre os equipamentos recusados, de acordo com a nota do HU, os 10 ventiladores pulmonares “não possuem todos os requisitos que a comissão entende serem necessários para assistência aos pacientes com Covid”, e as 75 bombas de infusão “não têm registro na Anvisa e não apresentam compatibilidade técnica total com os insumos já em utilização na UTI do HU”.

Procedência e qualidade

Em contraposição, a JBS apresentou cópia da Resolução RDC 379, de 30 de abril, da Anvisa, que dispõe, “de forma extraordinária e temporária”, sobre os requisitos para a fabricação, importação e aquisição de dispositivos médicos identificados como prioritários para uso em serviços de saúde, em virtude da emergência de saúde pública internacional relacionada com o novo coronavírus, onde consta, inclusive, inexigibilidade de autorização de funcionamento dos produtos, os quais “podem ser importados de quaisquer países, desde que a importadora garanta a procedência, a qualidade, segurança e a sua eficácia”, o que foi comprovado no ato da compra do lote distribuído para todo o Brasil.

Ainda segundo a direção do Hospital Universitário da UFGD, os equipamentos devolvidos “não vão fazer falta para a instalação dos dez novos leitos em processos de abertura na unidade”, sustentando que vai devolver, também, seis macas e 30 camas hospitalares mecânicas, igualmente doadas pela JBS, “porque o espaço físico para leitos já conta com a quantidade de camas hospitalares necessárias”, segundo a nota.

Dourados fechou a sexta-feira (24) com mais de 4.000 casos confirmados da doença e 51 óbitos, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria municipal de Saúde.

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