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Previd pede apoio da Câmara contra projeto que suspende repasses previdenciários

29 junho 2020 - 18h02

O presidente da Câmara de Dourados, vereador Alan Guedes (Progressistas) recebeu nesta segunda-feira (29) o presidente do Previd (Instituto de Previdência Social dos Servidores do Município de Dourados), Theodoro Huber Silva, que apresentou o posicionamento do instituto sobre o Projeto de Lei Complementar 20/2020, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o município a suspender o recolhimento da contribuição previdenciária patronal do regime próprio estabelecido pela Lei Complementar 108/2006.

Ao receber o PLC na Casa de Leis, Alan Guedes, oficiou o PreviD para que se posicionasse formalmente acerca do processo e propôs, junto com a Mesa Diretora, uma audiência pública para debater o assunto. “Para nós é muito importante a participação do PreviD neste momento e nós estamos analisando uma data adequada para a realização da audiência”, afirmou o parlamentar.

No ofício encaminhado à presidência da Câmara, Theodoro Huber Silva apontou que, por meio dos conselheiros e membros da Diretoria Executiva signatários, juntamente com os sindicatos, o PreviD demonstrou interesse em participar do processo legislativo que discute o PLC, assegurados pela garantia constitucional descrita no artigo 10 da Carta Magna. “Os trabalhadores e empregados nos colegiados de órgãos públicos em que seus interesses previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação, têm o direito garantido de se manifestar, assim como também decorre da Lei Complementar 108/2006 que assegura ao Instituto, por meio do Conselho Curador, a manifestação em todos os projetos de lei que tratem sobre a previdência municipal”, justificou.

No projeto, a administração municipal explica que a suspensão ocorre devido “a necessidade de implementação de ações e políticas para o enfrentamento ao Coronavírus (Covid-19) no âmbito do Município”. Sobre essa alegação, Theodoro Silva entende que “conflita com a prudência fiscal e o equilíbrio orçamentário assegurado constitucionalmente aos regimes próprios de previdência social”.

Segundo o ofício do Instituto, os valores que o PreviD deixará de arrecadar, até o mês de dezembro de 2020, equivalem aproximadamente ao montante de R$ 53 milhões, que corresponde ao pagamento de até um ano dos benefícios de aposentadoria e pensões. “Com as suspensões dos pagamentos patronais e de aporte, o PreviD já terá a necessidade de retirar valores financeiros que estão depositados em fundos de investimento, pois a receita a ser obtida terá redução superior a 50% em média, haja vista a estimativa da arrecadação mensal de um pouco mais de R$ 9 milhões que terá o valor reduzido para pouco mais de R$ 3 milhões”, apontou Theodoro Huber Silva.

“Dada a gravidade de situação, falta de informações acerca do assunto e avaliação dos impactos para o regime próprio de previdência social de Dourados, precisamos fazer esse intermédio do diálogo entre Administração Municipal e PreviD, o que é uma preocupação constante do meu mandato. Vamos acompanhar os desdobramentos para que tenha uma definição adequada”, enfatizou Alan Guedes. (Com assessoria)

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