Passados três anos e meio, os moradores – especialmente familiares que residem no trecho – da rua Alcides José de Macedo comemoram, agora, o desfecho de uma campanha que começou no dia 11 de novembro de 2016, assim que o prefeito da época, Murilo Zauith, batizou parte da tradicional Avenida Potreirito com o nome da mãe do médico e ex-vereador no Município, Eduardo Marcondes, Gelcy Maria Teixeira Marcondes.
Abaixo-assinado, reivindicações na Câmara de Vereadores, interpelação judicial e até uma notícia-fato que foi acatada pelo promotor público da Cidadania em Dourados, Amilcar Araújo Carneiro Júnior, durante a gestão da então presidente da Câmara de Vereadores, Daniela Hall, mobilizando representantes da família do pioneiro trouxeram um final feliz: Nesta semana, equipes da Prefeitura estão fixando as placas e o sistema de sinalização aérea com a denominação da rua Alcides José de Macedo.
A solução, intermediada pelo promotor Amilcar Araújo, foi dada depois que a neta do homenageado com o nome da rua, Jussara Macedo, relatou os fatos ao MP (Ministério Público) dando conta de que a rua Alcides foi criada, ainda na gestão do ex-prefeito Laerte Tetila, compreendendo trecho das imediações da madeireira Baggio até aos limites da rua Tubarão, no bairro Joquei Clube.
Anos depois, foi criada a rua Gelcy Maria Teixeira Marcondes, com a diferença de que deveria abranger o trecho após a rua Tubarão até à área de ligação com o prolongamento em direção ao Potreirito, sentido a Fátima do Sul. Inclusive, na gestão passada, o prefeito Murilo Zauith chegou a inaugurar a ‘rua Gelcy’, gerando essa confusão em torno da duplicidade.
Filha do empresário Benjamin e neta de Alcides, Jussara festeja tributo ao avô
“Não se tratava de mudar a lei, de criar novo nome de rua, o que pleiteamos foi apenas que se respeitasse o que já constava como limites e confrontações da lei já existente, respeitando o que os legisladores e administrações passadas já haviam decidido sobre o assunto”, argumentou à época a advogada Jussara Macedo, em defesa dos direitos da família em ver reconhecida a homenagem original prestada ao avô.
“Fez-se justiça”, comemorou ela, ao apontar para a placa com o nome do avô Alcides fixada na parede do estabelecimento comercial que pertence ao pai dela, Benjamin Macedo, um dos herdeiros do legado do pioneiro baiano que se estabeleceu em meados da década de 1960, quando montou a panificadora que ainda hoje integra o espólio da família na região do Jóquei Clube.
