'Amigos da Vida’ é o nome do grupo criado por pessoas da sociedade que vem se reunindo desde outubro do ano passado com a intenção de formação de uma associação beneficente para ajudar unidades de saúde em Dourados, em especial, neste caso, visando a construção de uma cozinha com refeitório para atender os colaboradores do Hospital da Vida.
O Hospital da Vida foi incluído como uma das unidades de saúde a receberem pacientes infectados com o coronavírus, e o grupo se propôs a fazer uma pintura na área de isolamento respiratório do hospital de Dourados. Porém, constataram que as condições são altamente precárias, com altos focos de infecção e os reparos não poderiam ficar só na pintura. Os voluntários arragaçaram as mangas e estão promovendo ampla reforma do local.
Os custos são altos, diz uma das integrantes da entidade colaborativa, mesmo com a ajuda de venezuelanos e outros voluntários que se dispuseram a participar da ação. Por isso mesmo, os ‘Amigos da Vida” estão pedindo o apoio dos membros das autoridades municipais de saúde, demais colegas da área e de todos que puderem ajudar no sentido de promover as adequações necessárias.
A Funsaud (Fundação dos Servidores de Saúde de Dourados), mantenedora do Hospital da Vida e da UPA, interditada pelo Município desde junho de 2019, não dispunha de recursos para a realização das obras e chegou a ser investigada pelo MPE (Ministério Público Estadual) que cobra transparência na prestação de contas dos recursos recebidos para o custeio dessas duas unidades de atendimento público.
A Defensoria Pública, a Comissão de Saúde da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil Dourados e Itaporã) e os voluntários da associação ‘Amigos da Vida’, se propuseram a realizar ações visando a contribuir com as adequações, mas se depararam com uma realidade maior do que a esperada, principalmente depois que as autoridades anunciaram que o Hospital da Vida estava colocado como alternativa ao enfrentamento da Covid-19.
Veja situação da ala reservada ao atendimento
“Esperávamos que houvesse uma estrutura mínima, mas agora temos que encarar a realidade e ajudar a dotar o hospital das condições mínimas, não vamos esperar o aumento da propagação da doença para agir”, disse uma das voluntárias ao Douranews.
