O presidente da LEDA, Mário Lúcio da Silva, o “Manteiga” e o ex-secretário estadual de Governo e Segurança Pública Raufi Marques, comentaram hoje (18) a trajetória do desportista Alfio Senatore, que morreu ontem (17) depois de um período de tratamento de problemas pulmonares.
“O futebol perdeu uma pessoa que não tinha maldade no coração, mas sim muita paixão pelo nome Operário, tanto que insatisfeito com a extinção do “Tigre Douradense” tanto no futebol amador como no profissional, ele criou o Operário Atlético Clube e com dinheiro de seu próprio bolso e com a ajuda de alguns abnegados levou a equipe ao futebol profissional”, disse “Manteiga” no sepultamento do amigo.
Para Raufi Marques, Alfio Senatore “foi histórico e a sua passagem pelo esporte douradense deve ser eternamente lembrada, principalmente aqueles que conviveram com ele quando decidiu criar o Operarinho como carinhosamente chamava”. Raufi acompanhou o cortejo juntamente com a esposa Adriana Fedrizzi, sobrinha de Alfio que era irmão de uma das mais renomadas colunistas sociais do Estado, Ymera Fedrizzi, também já falecida.
O radialista, jornalista e narrador esportivo Antônio Neres conta que Alfio Senatore foi um dos ícones do futebol douradense e com certeza deixou uma grande lacuna para quem ama o futebol. “Ninguém na história do futebol douradense promovia um confronto esportivo como ele, principalmente quando o seu Operário enfrentava o arqui-rival Ubiratan Esporte Clube”, disse o radialista, lembrando do episódio em que antes de um jogo contra o Ubiratan, Alfio disse que o leão [Leão da Fronteira, como é chamado o Ubiratan] iria virar um gatinho em campo “e o resultado final foi inverso, 3 a 1 para o adversário, mas mesmo assim, e sendo alvo de gozação dos torcedores ubiratanenses, ele saiu do estádio feliz por ter promovido o jogo”.
Família agradecida
Após o sepultamento de Alfio Senatore depois de receber inúmeras visitas de amigos em seu velório, um dos filhos, Wendel, agradeceu a todos, em nome da família, e lembrou que o desportista foi homenageado em vida numa competição esportiva da LEDA. “Estamos tristes pela partida de nosso pai, mais feliz por ele ter recebido uma homenagem ainda em vida. Isso não podemos deixar de esquecer e devemos ao Manteiga que era um dos inúmeros amigos que ele dizia ter no futebol douradense”, disse um dos filhos.
Alfio era casado com Diomar e teve ainda as filhas Vanessa e Aline. Ele nasceu em Cáceres, no Mato Grosso e iria completar 70 anos de idade no próximo dia 27.
