Menu
Buscarsexta, 19 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
17°C

Longe de ser o ‘cavaleiro do apocalipse’, como chegou a observar o jornalista Marcos Santos na ‘Malagueta’ que publica regularmente no jornal DiárioMS, segundo a definição de cabeças-pensantes da prefeita Délia Razuk, encurralada na incômoda posição de ‘ser’ ou ‘estar’ comandando o Município, o vereador Alan Guedes (DEM) aparece como moderador importante do jogo político em que se mostra a fase atual do xadrez institucional douradense.

Herdeiro da paciente sabedoria silenciosa do pai Eudélio, o presidente da Câmara de Dourados tem sido habilidoso nas melindres do saber ouvir e agir, mostrando ainda que, entre as idas e vindas ao centro do Poder, revela comportamento centrado entre os interesses difusos da equipe da prefeita Délia Razuk e a certeza do que quer para Dourados – e, por consequência, do resto do Estado, do vice-governador Murilo Zauith, indiscutivelmente a principal liderança surgida por essas bandas nos últimos 25 anos, com quem mantém sintonia afinada.

A busca por soluções aos problemas mais urgentes de Dourados deixou de ser tarefa, ou exclusividade, de apenas um. O caos anunciado na Saúde, a evidente deterioração da malha viária, os altos e baixos da Educação, a oscilante gestão administrativa e a hesitante tomada de rumos impõe, mais do que a parcimoniosa presença de Alan nesse jogo, à enigmática figura murilista, o comprometimento de todos com o momento presente.

Aqui, entre as constantes mexidas nas 19 cadeiras que deveriam representar o poder moderador, surge um novo endereço por onde passam os rumos do poder futuro: ao fincar estacas na Vice-Governadoria, Murilo Zauith divide a agenda entre o Parque dos Poderes, ao lado de Reinaldo governador e na quase independente Seinfra (a poderosa Secretaria estadual de Infraestrutura), com o escritório da Agesul (a Agência estadual de Empreendimentos), comandada pelo hermético Luiz Roberto Martins de Araújo, simplesmente Beto, fiel cumpridor de tarefas e que se dispõe muito mais a ouvir do que a falar. Só que quando fala...

O começo dos finais de semana, invariavelmente, tem transformado o endereço da rua Duque de Caxias 1414, não por acaso (seria?) localizado no bairro chamado Vila Planalto, no novo centro do Poder local. Ali, por exemplo, se reuniram, na sexta-feira (23), além do líder Murilo, outro líder, o do Governo na Assembleia, deputado Barbosinha com o líder do Legislativo local, vereador Alan e, na ausência já marcante da líder municipal, o quase porta-voz oficial dela, Celso Schuch, que, de juiz aposentado, resolveu imiscuir-se nos assuntos do alto escalão e já faz prognósticos, ele também, para o futuro.

A hora do xeque (assim mesmo, com ‘x’) pode ter passado do ponto, até porque rei e rainha já não representam mais a ameaça outrora anunciada, porém, o Xeque mate [a jogada final] vem sendo construída paulatinamente, aqui sim, com interesses regionais predominantes, onde ‘damas’ e ‘bispos’ de outros tabuleiros se julgam no direito de dar pitacos na partida. Por isso mesmo, a construção literal passa muito mais pelas antes inofensivas ‘oncinhas’ (o 50tão que um dia já decidiu eleições). Se, como definiu o dicionário online de português, xeque mate indica o momento em que alguém está em uma situação constrangedora, quando recebe um ultimato e deve tomar uma decisão para seguir um caminho ou perder alguma coisa, estamos todos a esperar pela ‘coisa’ nova que vem por aí...

Deixe seu Comentário

Leia Também