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Melhor análise da qualidade da água ganha com laboratório inaugurado na Embrapa

30 junho 2019 - 12h48

“Muito importante esse tipo de parceria, quem ganha é a cidade de Dourados”, disse o diretor-presidente do Imam (Instituo municipal do Meio Ambiente), Fabiano Costa, durante a solenidade de inauguração do Laboratório de Análise Ambiental da Embrapa Agropecuária Oeste, ocorrida na manhã de sexta-feira (28), em Dourados. A unidade com 361 metros quadrados, conta com salas para recepção, acondicionamento e análise para até 200 amostras mensais.

A obra teve um total investido de R$ 3 milhões, sendo R$ 1,7 milhão da Embrapa. Pelo menos R$ 452 mil são de recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente. O MPT (Ministério Público do Trabalho) participou com R$ 397 mil, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul com R$ 392 mil e o MPF (Ministério Público Federal) com R$ 65 mil na execução desse projeto.

“Esse laboratório de análises ambientais vem de encontro com um anseio da sociedade que antes precisava mandar certas análises para fora e agora poderão ser feitas aqui mesmo. Além disso, uma demanda muito grande do Imam, que é o monitoramento da qualidade da água, vai ser subsidiada com as pesquisas desenvolvidas neste local”, acrescentou Fabiano.

Com a presença do presidente nacional da Embrapa, Sebastião Barbosa, do vice-governador do Estado, Murilo Zauith, dos representantes dos Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e do Mato Grosso do Sul, a solenidade foi oportunidade para todos os representantes destacarem a união de esforços que culminou em uma unidade até então inexistente no Mato Grosso do Sul e que vai propor uma gama de estudos que integram um diagnóstico preciso da qualidade da água para fundamentar futuras ações de fomento e conscientização sobre os impactos e o uso correto de agrotóxicos.

O presidente nacional da Embrapa falou da histórica participação da entidade no crescimento do agronegócio e relacionou este desenvolvimento com a sustentabilidade. “Este laboratório de diagnóstico representa isso. De maneira inteligente e eficiente precisamos monitorar o uso de agroquímicos, para o bem de todos”, disse.

O chefe da Embrapa em Dourados, Guilherme Asmus, agradeceu os esforços iniciados há vários anos e falou da Prefeitura como “parceira de primeira hora” através do Imam.

Representando o Ministério Público do Trabalho, o procurador Jeferson Pereira destacou o interesse público pela informação como um alvo atingido. “Com estas análises, enfim, saberemos com certeza se nossa água tem a presença de substâncias nocivas ou não”, disse, recapitulando a luta da sociedade douradense em desvendar estas demandas.

O promotor titular de Meio Ambiente do Ministério Público de Mato Grosso do Sul em Dourados, Amílcar Araújo Carneiro Junior, destacou a união da ciência e da técnica indo ao encontro dos anseios dos direitos difusos.

O procurador federal Marco Antônio Delfino de Almeida definiu o aporte do Fundo Municipal de Meio Ambiente como “final e essencial para a obra” e a união dos esforços como sendo “da sociedade para a sociedade”.

Conforme o coordenador do Laboratório, pesquisador Rômulo Penna Scorza Júnior, a água do Rio Dourados, manancial que abastece 60% da demanda da cidade de Dourados, já está sendo analisada no local e o trabalho deve ser estendido a, pelo menos, 12 municípios da região, em mananciais como os dos rios Amambai, Brilhante e Ivinhema, por exemplo.

“Sempre trabalhamos na composição de dados analíticos, mas os órgãos fiscalizatórios tinham esta demanda de um diagnóstico e monitoramento periódico. Daí surgiu a ideia de concentrar esforços para obter um laboratório com capacidade para isso. E chegamos ao que acontece hoje”, disse Rômulo ao mostrar a estrutura pronta e funcionando.

O pesquisador destacou a participação de todos os envolvidos, inclusive com o empenho de recursos pessoais. “Todos os envolvidos atuaram para além de aquisição de verbas. O funcionamento disto tem todo o sentimento de busca por definições sobre a qualidade da água”, disse, ressaltando que a legislação predispõe análise de 27 tipos de agrotóxicos, e o laboratório inicia com análise de pelo menos 55, buscando a ampliação deste rol para mais de 150.