Um grupo de 100 venezuelanos, que viviam em Boa Vista (capital de Roraima) depois de deixarem o País, chegam neste domingo (3), em avião fretado pelo Exército Brasileiro. Eles integram o projeto de interiorização da Operação Acolhida na modalidade de vagas de emprego sinalizadas.
Nesta modalidade, a integração das pessoas interiorizadas é acelerada, pois os venezuelanos viajam tendo vagas de emprego garantidas por uma empresa local, não divulgada. Especula-se que eles vão integrar o programa de expansão da Seara, do grupo JBS, ou ajudar na implantação do complexo industrial da Coamo, que ocorre na saída de Dourados para Caarapó.
Esta é a primeira vez que o deslocamento ocorre com um voo fretado, que foi garantido pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). A agência prevê outros voos como este, potencializando a capacidade de interiorização a fim de reduzir o impacto nas comunidades de acolhida em Roraima.
O grupo transferido para Dourados receberá uma ajuda de custo para necessidades iniciais oferecida pela Agência da ONU para Refugiados, visando apoiar os venezuelanos no primeiro mês após a chegada à cidade de recepção. Eles serão acolhidos em abrigos temporários articulados com a empresa e a sociedade civil até a obtenção das novas residências.
A transferência de mulheres, crianças e homens venezuelanos de Roraima para outros estados brasileiros é um dos eixos da Operação Acolhida, que reúne as Forças Armadas, diversos ministérios do governo federal, agências do Sistema ONU no Brasil e entidades da sociedade civil organizada.
Até o momento, cerca de 4.300 solicitantes de refúgio e migrantes venezuelanos já foram realocados para outras partes do país por meio da estratégia de interiorização promovida pelo governo federal.