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Na 'sombra' do MPE vereadores afugentam sessão e Câmara não escolhe nova Mesa

07 dezembro 2018 - 18h10

O suplente de vereador Mauricio Lemes Soares não teve a posse confirmada pela presidente da Câmara, apesar do pedido de afastamento protocolado pelo vereador Idenor Machado, preso desde quarta-feira (5), após investigação do MPE (Ministério Público Estadual), que apura irregularidades em licitações e pagamento de ‘propinas’ na Casa e os oito vereadores que compõem a base de apoio à prefeita Délia Razauk decidiram boicotar a sessão extra convocada para a eleição da nova Mesa diretora da Câmara.

Convocada pela presidente Daniela Hall, a extraordinária começou às 14h10 desta sexta-feira (7) com a presença de oito vereadores, todos do bloco de apoio à candidatura do vereador dissidente do DEM, Alan Guedes [além dele, participaram Elias Ishy, do PT, Lia Nogueira, do PR, Madson Valente, do DEM, Marçal Filho e Sergio Nogueira, do PSDB, Olavo Sul, do Patriota e Daniela, do PSD], porém, de acordo com o Regimento Interno, seriam necessários dez votos para validar qualquer deliberação.

Até uma comissão foi designada pela presidente, formada por servidores da Câmara, sob a ‘escolta’ do vereador Olavo, que é inspetor de carreira da Guarda Municipal, para percorrer gabinetes dos faltosos e tentar obter alguma justificativa para a ausência, o que gerou, inclusive, comentários irônicos, de assessores dos envolvidos na operação que o Gaeco realizou esta semana na casa de leis. “O meu não vem mesmo”, brincou um assessor de Pedro Pepa (DEM), um dos presos, junto com Idenor e Cirilo Ramão,

Entre protestos do plenário, formado por personalidades da sociedade e lideranças dos chamados movimentos sociais, vereadores presentes se revezavam em questões de ordem, tentando garantir a realização da sessão. “Isso é uma manobra”, acusou a vereadora Lia Nogueira. Os vereadores Alan e Marçal procuravam fazer valer os efeitos da sessão, considerando que todos foram devidamente comunicados desse compromisso, cobrando responsabilidades dos ausentes. No plenário, chamou a atenção presença de banca de advocacia atenta a todos os movimentos da sessão.

Eleiçao advogados 

Na primeira fila do plenário, advogados monitoravam os trabalhos

Após mais de uma hora de indefinição, a sessão foi encerrada e convocada nova extraordinária para o mesmo horário, às 14 horas, deste sábado (8), quando se pretende obter o quórum legal para deliberações. Rumores de que o MPE (Ministério Público Estadual) estaria acompanhando de perto os desdobramentos dessas articulações, de dentro e fora da Câmara, acabaram sendo apontados como ‘motivação’ maior para a ausência de parte dos vereadores, igualmente alvos de diferentes modalidades de investigações no bojo das operações em curso em todo o País.

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