Familiares da jovem Jéssica, apontada como a madrasta que viu primeiro o bebê de 1 ano e seis meses, Rodrigo, com fortes sinais de ter sido espancado antes de morrer, conforme detectou o Samu após o registro do fato, relataram nesta segunda-feira (20) que sofrem ameaças por conta da repercussão que o caso ganhou após vir a público.
O repórter Sidnei Bronka, da rádioFM94, esteve na casa da família, na rua Presidente Kennedy, na região do Jardim Márcia, na tarde desta segunda-feira (20), e ouviu de familiares da madrasta que o casal [ela vivia maritalmente com Joel Rodrigo Ávalo Santos, de 24 aos, um lutador de MMA, esporte de luta considerada violenta] teve séria discussão na manhã de quinta-feira (16) passada.
De acordo com investigações policiais, Joel e Jessica são lutadores de MMA; o pai da criança, inclusive, conhecido como ‘Joel Tigre’, participa de competições oficiais de artes marciais mistas. O filho de Joel, Rodrigo Moura Santos, morreu enquanto estava na companhia de Jessica.
“É possível”, segundo a família da madrasta do bebê, que no calor da discussão eles tenham pisado na criança, que dormia no chão do pequeno quarto de casal na casa onde moravam, provocando as agressões que resultaram na morte da criança.
Antes de ser preso, Joel praticava artes marciais e a mulher seguia os passos do pai do bebê que morreu
Segundo o repórter, a família da Jessica Leite Ribeiro, de 21 anos, diz que não pode responder pelos fatos. “Se eles tem culpa nessa situação, devem pagar por isso, mas nós não estávamos no local no dia em que o Rodrigo sofreu os maus tratos até à morte, por isso não se justifica as ameaças que recebemos”, disseram. De acordo com a família, Jéssica ainda pediu para Joel deixar a casa após a discussão do casal.
A perícia médica realizada no corpo do bebê de 1 ano e seis meses constatou que Rodrigo Moura Santos tinha hematomas nas costas, cabeça e pescoço, com característicos de espancamento, além de traumatismo no tórax e laceração no fígado. O casal estápreso desde o final de semana, ele na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e a jovem em um presídio feminino da região.
