Ao comentar reportagem publicada no começo do mês pelo jornal Diário MS sobre a situação do Terminal Rodoviário de Dourados, o professor de História e coordenador do Centro de Documentação Regional da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e também do curso de Mestrado em História na instituição, Paulo Roberto Cimó Queiroz, defendeu a necessidade de implantação do Arquivo Público Municipal.
Segundo ele, a reportagem mostra, com muita pertinência, a necessidade de se adequar aquele espaço de modo que ele possa melhor cumprir suas funções, oferecendo maior conforto e segurança aos seus usuários. Observando ainda que, no piso superior da estação, várias salas estão ocupadas com documentos e papéis. “Considero importante enfatizar que esses documentos e papéis representam, na verdade, uma parte importante da história de Dourados. Trata-se, no caso, de papéis e documentos que pertencem ao arquivo da Prefeitura Municipal de Dourados, e que, portanto, são de enorme valor tanto para a administração como, talvez principalmente, para o conhecimento da trajetória histórica de nosso município”.
“Assim sendo, no momento em que se discute o futuro de nossa Estação Rodoviária, acho que seria necessário discutir também o futuro dessa valiosíssima documentação. Os documentos que retratam a nossa história não podem continuar a serem armazenados em simples depósitos, sujeitos, ademais, a riscos de deterioração em decorrência de infiltrações e goteiras”, sustenta Cimó.
Por fim, o historiador destaca que uma cidade do porte e da importância de Dourados já merece um autêntico Arquivo Público Municipal, instalado em local adequado e contando com profissionais necessários à correta organização e preservação de todo o seu acervo. “Um arquivo bem organizado e preservado é fundamental não só para a pesquisa histórica como também para a salvaguarda de direitos dos cidadãos e para o bom andamento da própria administração municipal”, conclui.
