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Acadêmicos da Unigran alertam sobre desinteresse com a questão ambiental

04 julho 2018 - 13h19

Por mais que todos tenham ciência do impacto do desperdício e da poluição no meio ambiente, poucos são os que colocam em prática medidas para reduzir as consequências da atividade humana no ecossistema. E, para melhorar o nível de consciência ambiental do cidadão douradense, o curso de Biomedicina da Unigran realizou um trabalho informativo no Shopping Avenida Center, com orientações em relação ao uso racional da água e também sobre os malefícios do plástico descartado na natureza.

Muitos pensam que, pelo fato de vivermos em um país com vários dos maiores rios do mundo, por estarmos rodeados de diversos cursos d’água, não precisamos nos preocupar. Contudo, sabemos que a maior parte da água no planeta Terra é salgada e apenas uma pequena fração é composta por água doce, além do mais, 80% desta água doce está congelada nas calotas polares, restando assim cerca de 20%. E, desta parcela de água potável que está acessível para o consumo, mais da metade está no Brasil, mas esta benesse da natureza não nos dispensa da responsabilidade sobre o uso consciente deste recurso natural.

Ao definir esse posicionamento do curso, o professor Maicon Matos, que ministra o ‘estágio supervisionado em análise ambiente’, diz que a média mundial de uso diário de água é de 110 litros por pessoa, porém, no Brasil o número chega a 166 litros. Outra estatística interessante apresentada pelo grupo é que cerca de 40% da água tratada é desperdiçada, seja tomando banho, lavando louça, roupas e automóveis ou em virtude de vazamentos na tubulação.

Outro tema abordado pelo grupo foi a questão da reciclagem, algo ainda muito incipiente no Brasil, onde se recicla apenas 3% de todo o lixo produzido. Esse dado coloca o Brasil entre os piores do mundo no ranking, muito longe dos países que são referência no assunto, como Áustria (62%); Alemanha (61,8%); Bélgica (57,6%); Holanda (50,9%); Suíça (50,5%), entre outros. De acordo com os acadêmicos Cainã Felizardo, Raquel Neves e Igor Júnior, a população brasileira ainda não tem o hábito de selecionar o lixo (plástico, metal, vidro e orgânico), isso ocorre devido o fato da maioria dos municípios não terem isso como uma exigência normatizada, afinal, antes de exigir do contribuinte o estado primeiro tem que criar as condições para que esses resíduos sejam de fato reaproveitados.

Os acadêmicos disseram ainda que a experiência no shopping foi interessante para observar algumas facetas do brasileiro. Eles relatam que tamanha é a ausência de consciência ambiental que boa parte dos que buscaram entender o propósito daquela atividade, se frustraram ao descobrir que se tratava de um trabalho de conscientização ambiental, pois como haviam cartazes relacionados ao curso de Biomedicina, os transeuntes logo imaginaram que havia ali alguma campanha que ofereceria exames laboratoriais de forma gratuita.

Durante a atividade foi colhido um questionário que visa mensurar o nível de consciência ecológica do douradense, a fim de aprimorar a abordagem em atividades futuras. Os acadêmicos também aproveitaram a oportunidade para conscientizar a população sobre a importância de descartar corretamente pilhas e baterias, itens que, apesar de parecerem inofensivos, possuem diversos metais pesados em sua composição e se dispensados no lixo comum causam danos irreparáveis no meio ambiente.

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