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Délia recomenda ações para melhorar cobertura do Bolsa Família nas aldeias

22 maio 2018 - 18h01

A prefeita Délia Razuk participou na manhã desta terça-feira (22) da reunião promovida no Cras (Centro de Referência em Assistência Social) da Aldeia Bororó para apresentação de resultados de pesquisa feita pelo MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) acerca do pagamento do benefício Bolsa Família na Reserva Indígena e determinou que fosse instaurada uma força-tarefa entre as Secretarias de Assistência Social, Educação e Agricultura Familiar para ampliação da cobertura do benefício aos índios.

Grupo prioritário para o atendimento do Bolsa Família, desde que preencham os requisitos acerca da baixa renda, os índios tem enfrentado algumas dificuldades para inserção ou recebimento do benefício, como a barreira da língua. “Estamos aqui para derrubar as barreiras e salientar que somos todos iguais. Não existe cidade e aldeia, existe um povo único, os douradenses. Estamos para melhorar a qualidade de vida de vocês [indígenas] e lhes dar condições mais dignas para que vençam os desafios que enfrentam”, disse a prefeita.

Ao longo do estão sendo apresentados os resultados de uma pesquisa efetuada entre 2013 e 2014 acerca das dificuldades e do balanço geral de benefícios pagos, mas o ponto alto foi a apresentação, por parte da comunidade, das dificuldades e demandas atuais dos índios em Dourados. “Uma das principais é relativa ao atendimento aos índios nas unidades, com o problema do idioma. Esta é uma reivindicação nossa que atinge diretamente na cobertura do benefício em nossa comunidade”, disse Gaudêncio Benitez, líder indígena e capitão da aldeia Bororó.

O corpo técnico do MDS, encabeçado pelo coordenador geral de Execução Orçamentária e Financeira, Sérgio Monteiro, ouviu as reivindicações e compartilhou com representantes do município as atitudes a serem tomadas em conjunto. Segundo Sérgio, a devolutiva da pesquisa acontece com foco em conhecer a dinâmica do Bolsa Família em uma das maiores comunidades indígenas do país e a maior aldeia urbana existente. “Estamos aqui para ouvir os gestores e a comunidade e sugerir o que de melhor pode ser feito”, disse.

Com a presença dos secretários de Assistência Social, Landmark Ferreira Rios, de Agricultura Familiar, Marcos Roberto Soares, e de Educação, Upiran Gonçalves, a reunião foi produtiva no contexto da participação da Prefeitura de Dourados. A prefeita ouviu as demandas e respondeu perguntas dos indígenas. “É muito importante que vocês aproveitem este momento e falem sobre as dificuldades enfrentadas nas aldeias. Estamos buscando mudar o panorama da nossa reserva, de ser conhecida nacionalmente por mazelas que saem na imprensa nacional. Estamos mudando esta situação e este é um momento impar para isso”, disse a prefeita, que contou sobre uma conversa com o governador Reinaldo Azambuja sobre as tratativas para construção de uma ‘escola para mães’, que seria o Centro de Estudos Supletivos na Reserva.

Ações em parceria com a Pastoral na escola Tengatuí Marangatu e a visita da Caravana da Saúde Indígena, ambos programados para o mês de junho, também foram anunciados. Segundo dados de maio do MDS, Dourados tem cadastrados 7.324 beneficiários do Bolsa Família. A renda média é de R$ 184,39, e o montante total depositado na economia local é de R$ 1.350.478,00.

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