A falta de controle no comando da Mesa Diretora da Câmara de Dourados levou a presidente da Casa a encerrar, pela segunda vez seguida, a sessão em que os vereadores deveriam analisar, entre outros projetos, a proposta da Prefeitura que altera as regras de pagamento do adicional da chamada ‘lei do pré-sal’ aos profissionais do Magistério.
A vereadora Daniela Hall não conseguiu conter os ânimos dos professores e servidores do Município que chegaram, na noite desta terça-feira (24), a invadir o plenário, provocando o recuo dos vereadores e a suspensão da sessão que já havia sido adiada da segunda-feira (23), tornando assim pouco prática a funcionalidade do Legislativo douradense.
Vestindo camisetas pretas e vermelhas, servidores levaram instrumentos de batuque e apitos para o plenário, provocando o temor dos edis, alguns, inclusive, que deixaram o plenário mais cedo. Essa falta de pulso da direção da casa também levou a presidente a convocar forte efetivo policial, no sentido de intimidar a população. Muitos desses policiais são servidores públicos, da Guarda Municipal, que também reclamam direitos como funcionários da Prefeitura.
Por volta de 22h30 da noite passada a sessão voltou a ser suspensa e ainda não havia a certeza se a Mesa diretora terá estrutura de comando para realizar outra extraordinária, em princípio convocada para às 10 horas desta quarta-feira (25). Os servidores continuam mobilizados.
Na legislatura passada, o então presidente da Câmara, vereador Idenor Machado, mesmo enfrentando um período de 'ocupação' da casa por mais de 40 dias, conseguiu manter a normalidade dos trabalhos e não interrompeu o rítmo de interlocução, nem com servidores e nem com o Executivo; as ações tiveram o seguimento normal.
