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Tecnologia

Substância da picada da formiga é usada para criar novo combustível

23 julho 2017 - 11h21

Um grupo de estudantes na Holanda desenvolveu uma forma de armazenar energia que pode ser mais barata, mais prática e mais sustentável que os combustíveis renováveis existentes: O ácido fórmico, encontrado na natureza em formigas e outros insetos, que o usam em suas picadas. Ou por plantas como a urtiga.

"Criamos o primeiro ônibus no mundo que usa o ácido fórmico como combustível - uma solução muito mais barata do que o hidrogênio gasoso e que traz os mesmos benefícios ambientais", afirmou Lucas van Cappellen, da Team Fast, empresa derivada da Universidade de Tecnologia de Eindhoven. "Estamos construindo um novo futuro", acredita.

O ácido já é usado em processamentos têxteis e de couro, em conservantes de alimentos para animais e em removedores domésticos, segundo publica a BBC Brazil. Mas, a Team Fast encontrou agora uma forma de fazer o ácido transportar de maneira eficiente os ingredientes necessários para células de combustível usadas para alimentar veículos elétricos.

O combustível, que a equipe chamou de hidrozina (não confundir com hidrazina), é um líquido, o que o tornaria de fácil transporte e abastecimento, como os combustíveis tradicionais. A diferença é que ele é muito mais limpo. "As emissões do escapamento são apenas CO2 e água", explica Van Cappellen. "Não são emitidos outros gases nocivos como óxido nítrico, fuligem ou óxidos sulfúricos".

Para testar o conceito no mundo real, um ônibus elétrico abastecido com esse tipo de combustível sairá às ruas da Holanda ainda neste ano, fazendo rotas tradicionais e aparecendo em feiras e eventos da indústria.