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Tecnologia

Grupo da USP aperfeiçoa veículo elétrico que pode percorrer o país com R$ 5

07 junho 2017 - 14h25Por Fabio Rodrigues/G1

Alunos da Escola de Engenharia da USP São Carlos (EESC) trabalham no aperfeiçoamento de um protótipo automotivo de altíssima eficiência movido a energia elétrica. Segundo os estudantes, o veículo seria capaz de atravessar o país carregando uma pessoa, do Oiapoque ao Chuí, com apenas R$ 5 de combustível.

Em 2013, os alunos construíram o Faísca, que detém o recorde nacional e segundo lugar no mundo na Shell Eho-Marathon, competição organizada nos Estados Unidos para estudantes. Agora, os futuros engenheiros da USP desenvolvem um novo protótipo, o Venturo. A ideia é deixá-lo ainda mais leve para rodar mais com menos combustível. O projeto, cujo valor aproximado é de R$ 20 mil, deve ser concluído até o início de julho.

Carro elétrico

O Faísca é um carro de três rodas impulsionado por um motor de indução instalado diretamente na roda traseira para evitar perdas na transmissão da potência. Ele é movido a energia elétrica provida por uma bateria de íon-lítio, instalada atrás do banco do piloto.

O veiculo é carregado por um cabo que é ligado em qualquer tomada padrão, 110V ou 220V. O procedimento demora cerca de duas horas e o carro consegue rodar aproximadamente uma hora e meia a uma velocidade de até 20 km/h.

Eficiência

Tanto o Faísca quanto o Venturo são protótipos de eficiência energética, mas de gerações diferentes. As maiores vantagens competitivas do novo modelo, inteiramente em fibra de carbono, são os estudos aerodinâmicos e de rigidez estrutural, evitando perdas.
Para transformar os veículos em protótipos urbanos, para que pudessem circular pelas ruas por exemplo, seria necessário equipá-los com acessórios e enquadrá-los às leis de trânsito brasileiras. O maior problema, entretanto, seria autonomia de rodagem e a demora para recarregar a bateria.

"Uma solução para esse problema seria uma rede de postos onde as baterias funcionariam como 'garrafas retornáveis'. O motorista entrega uma bateria vazia e recebe uma cheia. Há algumas iniciativas do tipo sendo testadas pelo mundo", explicou o estudante João Guilherme Cabeça.