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Negociação de adoção ilegal de bebê não envolveu dinheiro, policia continua investigando

02 junho 2017 - 13h50Por Douranews

Mãe biológica de recém-nascido confessou ter negociado a adoção ilegal ao casal que teria registrado a criança. O caso aconteceu em Dourados, onde uma mulher e um casal foi denunciado à polícia.

O Caso

De acordo com informações, a mãe tem 32 anos e a técnica de enfermagem do hospital que acompanhou o parto e recebeu a criança tem 38. A genitora seria amante do pai da criança, conforme disse a mãe adotiva em depoimento. A técnica de enfermagem é funcionária do Hospital Universitário da Grande Dourados.

As autoridades tiveram conhecimento do caso, após o setor de registros do Hospital Universitário observar informações suspeitas na certidão de nascimento da criança. Visto que o registro foi feito pelo esposo da servidora preenchendo nome e sobrenome, deixando este de informar o nome da figura paterna.

Após a genitora ter conversado com uma investigadora, ainda no hospital, esta entrou em contradição, pois havia dito que estava na casa de uma prima e que tinha vindo do Rio de Janeiro em companhia do marido e estava a dois meses em Dourados, mas ao ser questionada sobre a prima, acabou confessando que estava hospedada em um hotel e que teria sido acompanhada pela técnica de enfermagem no procedimento.

Ao ser pesquisado o nome do homem que registrou a criança em redes sociais foi constatado postagens dele e esposa, a técnica de enfermagem que acompanhou a mãe biológica, compartilhavam mensagens com a afirmativa de estar esperando um bebê, porém a mulher não estaria grávida.

A funcionária do HU, disse que a genitora seria amante do seu marido e a criança fruto do relacionamento, e que ela teria sido obrigada aceitar. O suposto pai do recém nascido não tem filhos com a atual esposa, e teria outros três filhos de um relacionamento anterior.

De acordo com o delegado, Adilson Stiguivitis, o caso fere a lei no artigo 242 do código penal por crime tentado, e a motivação pelo crime seria pela falta de condições financeiras de criação da criança.

De acordo com as investigações a afirmação que o homem que fez o registro da criança fosse pai biológico foi negada e na verdade, o rapaz estaria interessado em adotar ilegalmente a criança junto com a esposa, sem ter nenhuma ligação afetiva com a mãe biológica. O casal garantiu a genitora que a criança teria todos os cuidados necessários na sua criação.

O homem afirmou à polícia, em depoimento, que inicialmente ofereceu ajuda à mulher quando a criança nascesse e posteriormente sugeriu a negociação da adoção ilegal. Uma das condições do acordo é de que o homem assumisse a paternidade da criança, tendo como finalidade legitimar a guarda. “A criança permaneceria com o registro da mãe biológica porém seria criado pelo casal”, concluiu o delegado.

Segundo Adilson, até o presente momento a negociação não envolveu dinheiro. O caso continua sendo investigado pela polícia.