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Efeito JBS pode minar projetos de R$ 1,5 na região de Dourados

29 maio 2017 - 12h28Por Renata Prandini/CE

O prolongamento da recessão econômica e uma nova grave crise política após a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista podem atrasar ainda mais a instalação de novas indústrias em Mato Grosso do Sul. Dos dez principais investimentos anunciados para o Estado, entre os quais foram distribuídos R$ 27 bilhões, somente um deles manteve o cronograma original e deve entrar em operação neste ano.

O próprio grupo J&F – alvo de pelo menos quatro operações da Polícia Federal e que abalou o mercado ao deletar esquema de corrupção em todas as esferas governamentais, incluindo contra o presidente da República, Michel Temer – é responsável por quase metade dessas aplicações.

Em 2015, a companhia anunciou mais de R$ 11,5 bilhões em investimentos em obras de ampliação de unidades como plantas frigoríficas de aves e suínos na região de Dourados e na construção da segunda linha de produção da Eldorado Brasil, em Três Lagoas. Boa parte dos projetos nem chegou a ser iniciada e agora corre o risco de nunca mais sair do papel.

O primeiro plano era investir R$ 1,5 bilhão na ampliação ou reativação de plantas frigoríficas na região da Grande Dourados. O investimento foi anunciado em 2015 e previa R$ 500 milhões para a unidade de abate de suínos em Dourados; R$ 450 milhões “na instalação de maior planta de abate de perus da América Latina” em Itaporã, como divulgado na época, e o restante para a ampliação da unidade de aves em Sidrolândia e Caarapó.