O vereador Braz Melo (PSC) solicitou ao coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Dourados, Vander Aparecido Nishijima, informações sobre as nomenclaturas das ruas, vielas, travessões e estradas que fazem parte das aldeias Jaguapiru e Bororó.
Braz Melo questiona a falta dos nomes nas ruas da Reserva Indígena por entender que os moradores devem ter a dignidade e serem atendidos pelo poder público com a localização de suas residências, mapeadas e registradas no município. "Assim, os moradores das aldeias podem receber correspondências e usufruir de todos os direitos iguais aos de qualquer cidadão brasileiro", afirma o vereador.
Este ano, no dia 03 de setembro, será comemorado o centenário da criação da Reserva Indígena de Dourados, que foi instituída quando das concessões de terras à Companhia Mate Laranjeiras, fundada em 1883 e que atuou na região. Mas foi em 1915 que o Serviço de Proteção ao Índio passou a atuar junto à etnia Guarani na região da atual Grande Dourados.
A Reserva Indígena de Dourados foi a segunda área de terras do Estado, criada por meio do Decreto Estadual de MT nº 401 de 03/09/1917, que reservou uma área de terras com cerca de 3.600 hectares para a então colônia dos índios de Dourados (Posto Indígena Francisco Horta Barbosa).
Desde a criação da Reserva Indígena tem se intensificado esforços para adequação em moradia, saneamento básico, educação e segurança na área.
Para Braz, o poder público tem papel essencial no resgate da dignidade e o dever de levar para a Reserva todos os benefícios e direitos inerentes à cidade.
