Janeiro de 2018 foi o mês de chuva recorde considerando a média histórica para o período em Dourados: 302mm, conforme o registro da Estação Agrometeorológica da Embrapa, valor que representa quase o dobro da média histórica do mês, apontada em 163mm. O número também é o maior dos últimos 39 anos, desde quando começou a aferição climatológica pela Embrapa na região.
Foram 23 dias de chuva ao longo do mês, sendo que o dia de 2 janeiro foi o que obteve a maior precipitação, de 118mm, apenas em um dia. “Acredito que esse foi o principal responsável pela elevação da média em janeiro”, explica o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Ricardo Fietz.
Fietz observou que em janeiro as chuvas foram abundantes e com grande variação de volume na região sul de Mato Grosso do Sul: Juti (345mm), Bela Vista (293), Sete Quedas (279), Ponta Porã (278), Itaquirai (260), Amambai (240), Maracaju (183), Rio Brilhante (173), Campo Grande (139) e Ivinhema (134). “Juti foi o município com maior índice pluviométrico, enquanto em Ivinhema foi registrado a menor incidência de chuva”, destaca o pesquisador a partir de avaliações feitas com base na análise dos registros das estações meteorológicas da Embrapa (pelo portal Guia Clima) e do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Outro dado relevante se refere às condições do solo, que, segundo o pesquisador Carlos Fietz, em função das chuvas abundantes permaneceram ao longo de janeiro com níveis satisfatórios de umidade. “Esses dados são positivos e refletem de forma favorável para as atividades agrícolas”, destaca. No dia 4 de janeiro, foi registrada a menor umidade do ar: 33%. Esse valor também é positivo, pois segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), apenas níveis de umidade do ar inferiores a 30% exigem cuidados, já que podem ser prejudiciais à saúde humana.
