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Intervenção no Rio de Janeiro não resolve se a origem do problema é na fronteira

20 fevereiro 2018 - 14h35Por Max Rocha/Douranews

Movido pelos elevados índices de violência no Estado do Rio de Janeiro, o governo federal decretou intervenção na segurança pública. Por conta disso, a área de segurança foi colocada nas mãos do Exército Brasileiro, o interventor nomeado é o general Walter Braga Netto.

A medida adotada reacende uma incansável discussão sobre a segurança nas fronteiras do Brasil. Tendo em vista que as armas drogas e munições que alimentam as organizações criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital e o CV (Comando Vermelho), são oriundas, em sua maioria do Paraguai, tendo Mato Grosso do Sul como a principal porta de entrada e corredor.

Relatório realizado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), demonstra que em somente no ano de 2016 foram apreendidas no Brasil, em sua grande maioria nas rodovias que ligam Mato Grosso do Sul ao Rio de Janeiro, 1.586 armas (fuzis e pistolas) originárias do Paraguai. Já no ano seguinte, em 2017 esse número teve um aumento de 33,6%, saltando para 2.089 armas apreendidas.

Já as munições oriundas do país vizinho, a situação é ainda pior, Se em 2016 a Polícia Rodoviária Federal conseguiu impedir que 76.672 munições chegassem ao seu destino final, Rio de Janeiro e São Paulo, em 2017 esse número teve um crescimento inimaginável, chegando a 189.632 munições apreendidas. Um crescimento exorbitante de 147,3%.

Continuidade

O problema é grave. Na semana passada, dando por exemplo, dois homens foram presos na divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, transportando sete mil munições. Os criminosos alegaram que teriam sido contratados para fazer o transporte das munições, estas de uso restrito, de Mato Grosso Sul para o Rio de Janeiro. No mês de janeiro também foram apreendidas 10 mil munições com as mesmas características, na mesma região.

Reinaldo Azambuja, governador de Mato Grosso do Sul compartilha do mesmo entendimento. A intervenção federal no Rio de Janeiro gerou cobrança do governador quanto a investimentos nas fronteiras. Tendo em vista que Mato Grosso do Sul faz fronteiras com o Paraguai e Bolívia e a fragilidade da segurança nessas específicas regiões favorece o transporte ilegal. “Não adianta só intervenção no Rio, porque a causa não está no Rio. A causa das drogas e das armas está aqui na fronteira”, destacou Azambuja.

Para o governador, “não adianta só combater o tráfico e esses problemas de facções nos morros no Rio de Janeiro. Tem que blindar as nossas fronteiras.

(Com informações do Correio do Estado)

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