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Procurador será investigado pelo MPE por alteração em local de acidente envolvendo esposa

15 setembro 2017 - 11h50Por Eduardo Miranda/CE

O procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, informou, ontem, que abrirá procedimento administrativo para investigar a conduta do colega do Ministério Público, o procurador Gilberto Robalinho da Silva, durante acidente de trânsito em que a aposentada Verônica Ricalde, 91 anos, morreu atropelada.

A esposa de Robalinho, Cirlene Alves Lelis Robalinho, era quem conduzia o veículo que atropelou a idosa, a qual caminhava em área destinada à calçada, na Avenida José Nogueira Vieira, no Bairro Tiradentes, na Capital.

O acidente ocorreu na tarde de anteontem. O motivo da investigação no Ministério Público é saber se o procurador interferiu, ou não, na alteração da cena do crime. O carro de Cirlene foi removido antes da chegada da perícia criminal.

A retirada do veículo por um major da PM, que estava com o procurador no local do acidente, também é investigada na Polícia Civil. A delegada Célia Maria Bezerra apura os motivos de os policiais militares terem removido o veículo de Cirlene.

Testemunhas informaram, ontem, que o carro de Cirlene atingiu Verônica no espaço público reservado à calçada da via. A vítima havia saído de casa para ir ao supermercado comprar ingredientes para fazer pamonha.

Conforme Célia Maria Bezerra, titular da 4ª Delegacia de Campo Grande, a alteração do local do crime pode resultar na prática de fraude processual. “As circunstâncias serão investigadas”, disse.

Ocorrência

Enquanto os policiais atendiam à ocorrência e os familiares da vítima procuravam explicações para o acidente, Cirlene, que é esposa do procurador de Justiça Gilberto Robalinho da Silva, ficou dentro de uma farmácia, nas proximidades do local do atropelamento.

O marido dela foi dar assistência à esposa juntamente de outros três homens, alguns aparentavam estar armados. Um major da Polícia Militar, que também não tinha envolvimento direto com a ocorrência, atuou onde o possível crime de homicídio ocorreu.

A delegada ainda vai decidir se tratará o caso como culposo, em que a autora não tem intenção, ou doloso, quando ela assume o risco. Há informações de que Cirlene estaria ao celular durante o ocorrido.

No momento em que a mulher do procurador era colocada na ambulância, o major Claudemir, da Polícia Militar, ameaçou jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que acompanhavam o caso. O policial disse ter recebido ordens do procurador para que Cirlene não fosse filmada ou fotografada, com risco de apreensão dos equipamentos e prisão de quem desobedecesse.

O coronel Renato Tolentino, comandante metropolitano da PM, informou que o oficial não era responsável pela ocorrência e que apenas passava no local quando viu o acidente e parou para auxiliar.

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