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Tecnologia

Projeto do IFMS de Ponta Porã vai aos Estados Unidos

11 junho 2016 - 06h21

Uma ferramenta de baixo custo que permite a produtores rurais monitorar fatores climáticos importantes para o cultivo. Essa é proposta do projeto de pesquisa Agroduíno: sensoriamento agrícola, desenvolvido no Campus Ponta Porã do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), que será apresentado na semana que vem nos Estados Unidos.

De 12 a 17 de junho, o estudante Vinícius Belló, e o professor orientador Eder Vilalba estarão em Nova Iorque, para participarem da Genius Olympiad 2016, competição internacional organizada pela State University of New York.

A plataforma desenvolvida é um minicomputador no qual são interligados diversos sensores indicadores do tempo, como temperatura, umidade e qualidade do ar e do solo.

Para a competição internacional, o protótipo foi aperfeiçoado com a implementação de um software, que automaticamente interpreta os dados registrados pelos sensores. O programa já foi desenvolvido na versão para computador e também em aplicativo para Android. “O monitoramento pode gerar uma otimização do uso na água na lavoura, já que os sensores indicam a quantidade que deve ser usada e também quando a terra deve ser irrigada” apontou o orientador do projeto, o professor Eder Vilalba.

Além do uso na agricultura, a ferramenta também pode ser utilizada por pesquisadores da área, para que obtenham dados agrometeorológicos a respeito do tema de estudo, como um tipo específico de planta ou de fruto.

Segundo o professor, o próximo passo é iniciar o processo de depósito de patente. Futuramente, a intenção é disponibilizar todo o processo em um website, com a lista de peças necessárias, o passo a passo da montagem e o programa que interpreta os dados colhidos. “A pessoa interessada poderá comprar as peças e aprender a montar sozinha a plataforma. Um produtor rural de médio porte gastaria em torno de 7 a 8 mil reais para ter um equipamento como esse. Com o nosso produto, o custo é de 300 a 500 reais”, explicou Vilalba.

Trajetória

O projeto é desenvolvido desde 2013. Anteriormente, outros dois estudantes já foram orientados pelo professor Eder na pesquisa. O credenciamento para o evento nos Estados Unidos teve início no ano passado, com a participação na Fecen (a Feira de Ciências e Engenharias) realizada na Universidade Federal da Grande Dourados, quando o projeto conquistou a participação na edição 2016 da Febrace (a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), realizada pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), onde o grupo conquistou o prêmio para integrar a delegação brasileira na Genius Olympiad.

Atualmente cursando o último semestre do curso técnico integrado em Informática no Campus Ponta Porã, o estudante Vinícius, de 18 anos, acredita que o mais importante do evento não é competição em si, mas as experiências que irá vivenciar nos Estados Unidos. “As pessoas que irão me avaliar dominam a área. É uma oportunidade de trocar experiências e conhecer vários projetos interessantes e também pesquisadores, além de fazer um intercâmbio cultural”, afirmou o estudante.