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Opinião

Presente a um amigo

22 abril 2021 - 21h34Por CARLOS ROBERTO BERNARDES


Existem vários tipos de presentes, intenções e ocasiões, mas nenhum será melhor que um livro. Depende

Quando se trata em dar algo a alguém, o ato de presentear é um gesto que pode significar muitas coisas, a quem der e a quem recebe. As sensações que provocam podem ser totalmente diferentes, mas a intenção de quem dá, quase sempre é significativamente boa...

Já recebi muitos presentes e foram várias as sensações. Conselhos então, foram inúmeros, mas como o adágio popular diz que se fosse bom não se dava, mas vendia, não os posso colocar nessa galeria.

Um certo dia estando numa roda de simpatizantes de debate político, onde também se encontrava o meu colega não secreto Alan Guedes, falei sobre um certo livro e isso provocou-lhe curiosidades. Comentei sobre o quanto me ajudou a mudar vários conceitos, os quais já haviam me dado muito trabalho e provocado vários dissabores na lida política, ou seja, a grande dificuldade de ser verdadeiro e dizer não, por mais urgente que seja a demanda a ser atendida.

Muitas pessoas, não só políticos, lutam e militam contra essa sensação em “se permitir” ser constrangido a dizer SIM, quando a ocasião pede um NÃO. Dizem os “especialistas” que: “Um NÃO bem dado é bem melhor que um sim não atendido”. De fato, quem de nós nunca disse um sim precipitado e depois se arrependeu? Não precisa levantar a mão, basta refletir sobre o assunto.

A verdade é que na vida, principalmente política, a receita do sucesso não existe, mas da derrocada é querer agradar a todos. Isso não significa que cumprirmos os compromissos que assumimos, é um sim que deve nos provocar arrependimentos, pelo contrário, palavra dada, é flecha lançada. Essa é a formula mágica que atrai o respeito nesse universo de tantas decepções.

Por fim, esse presentinho, não tem o condão de querer consertar personalidades ou apontar defeitos comuns a tantos seres normais. LIMITES, nem sempre trazem a aprovação, mas quando estabelecidos no momento e na medida certa, podem ser a ARMA indesejada que pacifica o ambiente, das nossas contra as outras razões.

Conheci alguém que sempre dizia: “carimbo tudo o que faço, para não me arrepender no futuro, de não ter dito o que penso na hora certa”. Quando dizer SIM e quando dizer NÃO? Esse é um exercício pessoal diário, de decisões necessárias, as vezes tão penosas a quem se habilita a liderar. Então, escolhamos DIZER não, SE o sim for uma incerteza absoluta. Confesso que ainda tenho aprendido, pois nunca é tarde.

* É servidor público