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Opinião

Se até o vírus é comunitário...

08 fevereiro 2021 - 21h42Por CLÓVIS DE OLIVEIRA

Quando a OMS (Organização Mundial de Saúde) alertou para o fato de que a pandemia do novo coronavírus estava fora de controle, por volta de agosto do ano passado, ao declarar a existência do fenômeno denominado como transmissão comunitária da doença que já matou mais de uma Dourados inteira, certamente faltou ao brasileiro e, por extensão, aos douradenses, interpretarem o recado dado.

O dicionário online de sinônimos da Língua Portuguesa define comunitário, entre outras vertentes, como aquilo que é realizado ou idealizado por várias pessoas, geralmente por quem vive ou compartilha do mesmo espaço, território, sociedade: ou seja, trabalho comunitário.

Assim, não foi surpresa, ainda que tardia a ação, quando me deparei no sábado (6) com grupo de pessoa da comunidade, ligadosà organização rotariana, cortando e recolhendo os restos do mato cortado, na esquina da padaria que frequento assiduamente. Da mesma forma, não deve ter causado estranheza a outrém - ou causou?, a mobilização de pessoas da área compreendida pelo Douranews e na região do Condomínio Blumenau, arregimentadas igualmente para conter a voracidade com que o mato insiste em avançar pela cidade.

Não se trata de mandar recado ao prefeito do momento, que ainda não conseguiu organizar o corte sistemático do mato e a limpeza da cidade por inteiro, como ação administrativa, nem de uma forma de tentar minimizar as ações que já deveriam estar sendo executadas. É ação comunitária.

Da mesma forma, um cidadão que mora em comunidade deve aprender a acostumar-se com o bom-dia, muito obrigado, por favor, do elevador ou do corredor do local habitado, e não reclamar quando encontra uma porta mal fechada ou um carrinho de compras 'esquecido' no meio do caminho. Seres imperfeitos, somos ensinados pelas nossas ações a viver em comunidade.

* É Editor de Conteúdo no DOURANEWS