Se é verdadeira a lenda de que aposentado tem ‘desconto’ em algumas coisas, então... ‘permito-me’ ao textão.
O dia 25 de Janeiro de 1989 marcou meu início na vida de Servidor Público Concursado, na única e última oportunidade criada pela Prefeitura de Dourados nesses quase 84 anos de história da cidade, para a carreira de Jornalista. O primeiro curso de formação superior na profissão viria quase 20 anos depois, justamente quando presidi o Sindicato.
Pois bem, a data de 5 de Setembro de 2019 marca, exatamente nesta semana, o fim do Concurso Público realizado pela Prefeitura. O terceiro colocado na classificação geral, dos quatro aprovados, encerra a jornada, 30 anos, 8 meses e 11 dias. Dos demais, uma desistiu da função, outro morreu no meio do caminho e o outro, também a partir de agora continua meu parceiro... de aposentadoria. Acabou o concurso.
Permito-me mais ainda [textão que se preze precisa ter história pra contar] rememorar alguns episódios que marcaram essa jornada. Por três frações quase relâmpagos de tempo, cheguei ao topo da função – no cargo de responsável pela comunicação oficial do Município; em outras fui meio que ‘tocado’ da atividade, seja por ser ‘muito de esquerda’, ou, até, ‘muito de direita’, conforme a ótica do governante de plantão.
O que não fui mesmo, nessa carreira de concursado, pode parecer paradoxal, foi aquele servidor ‘carimbador’, do tipo que ama bater o ponto 7 e meia, deixar o resto do serviço que ficou faltando depois das cinco da tarde pro dia seguinte, entre outras ‘regras’ que se assume com a investidura no regime estatutário. Em muitas das minhas inserções, servi além do combinado e até quando diziam que ‘o Clóvis é muito lerdo, não serve’, mantive-me jornalista.
Livre, e compromissado 100% com a categoria.
Valeu a pena ter chegado até aqui.
* O autor agora é, APENAS, Editor de Conteúdo do Jornal Douranews
