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Ex-deputado Ary Rigo ainda não prestou depoimento e continua preso

30 agosto 2017 - 15h10Por Maressa Medonça e Lucia Morel/CE

O ex-deputado estadual Ary Rigo (PSDB), preso ontem na Operação Antivírus do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, continua em cela e ainda não prestou depoimento. Ele e outros 11 foram detidos durante as ações do Gaeco. Deste total, oito tiveram a soltura confirmada.

À reportagem do Correio do Estado, o advogado Celso Marques contou que o horário da audiência de Rigo com Gaeco ainda não está definido e, se porventura, até 12h ou 13h não for feita a oitiva ele vai entrar com pedido de liberdade.

Marques acredita que se Rigo prestar esclarecimentos ainda na manhã de hoje uma ação penal pode ser evitada. “Se não ouvirem ele hoje ainda é uma prisão eminentemente midiática porque é uma prisão temporária de cinco dias. Será que vão esperar cinco dias para ele ser ouvido?”, declarou ele.

Rigo é suspeito da prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção devido sua ligação com a Digitho Brasil, cujo nome fantasia é Digix. A empresa, segundo o Gaeco, ao longo dos últimos anos, celebrou contratos de informática com o Poder Público Estadual, o que lhe rendeu “considerável recebimento de dinheiro público”.

Liberdade

Jonas Schimidt das Neves, um dos sócios da Digitho Brasil - atual Digix - e Claudinei Rômulo, secretário de Jonas, tiveram habeas corpus concedido pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), João Maria Lós.

Outros HCs concedidos pelo mesmo desembargador beneficiaram o diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS), Gerson Claro Dino, o adjunto do órgão, Donizete Aparecido da Silva, além do diretor de tecnologia da informação do departamento, Gerson Tomi e ainda, o chefe da divisão de execução orçamentária, finanças e arrecadação do Detran, Erico Mendonça.

O servidor público Luiz Alberto de Oliveira, que trabalha na Secretaria Estadual de Governo (Segov) também teve habeas corpus concedido. Todos eles foram liberados do Presídio de Trânsito entre 3h20 e 3h40 da madrugada de hoje.

Outro que teve a soltura confirmada é o diretor de administração e finanças do Detran, Celso Braz.

José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos, sócios e ex-sócio da empresa Pirâmide Informática continuam presos.

Operação Antivírus

O Gaeco, órgão do Ministério Público Estadual (MPE) deflagrou ontem a Operação Antivírus com o objetivo de dar cumprimento a nove mandados de prisão preventiva, três de temporária e 29 mandados de busca e apreensão.

A investigação apura existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com investigação que teve início em 2015 e tem como objeto contratos celebrados entre empresas da área de tecnologia da informação/informática e o Poder Público Estadual.

Cerca de R$ 95 mil foram apreendidos em posse de um dos investigados presos, além de milhares de documentos, computadores, notebooks, tabletes, e celulares.

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