A supercheia que atinge o Estado neste mês de março já alagou a região do Pantanal e deixou várias fazendas ilhadas. Até o final da manhã desta hoje (22), a Defesa Civil Estadual estava fazendo um levantamento dos prejuízos causados e de quantas pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. Em todo o MS, mais de 130 mil pessoas já foram afetadas pelas chuvas das últimas semanas.
O excesso de chuva concentrada em poucos dias pegou os pecuaristas de surpresa e muitos não tiveram tempo de remover o gado das áreas mais baixas do Pantanal. As inundações no Pantanal sul-mato-grossense neste mês de março devem causar um prejuízo de R$ 190 milhões à produção pecuária da região. O valor foi estimado em laudo elaborado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal.
O presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Raphael Domingos Kassar, considera a cheia catastrófica e afirma que o pantaneiro vive um cenário trágico por conta da chegada repentina das águas, devido ao volume excessivo de chuvas.
Nesta segunda-feira (21), o dirigente ruralista encaminhou ofício ao prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira, solicitando que o município declare estado de emergência na área rural.
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De acordo com o último relatório da Defesa CIvil, divulgado na segunda-feira (21), há 81 desabrigados (aqueles que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos) e 402 desalojados (aqueles que podem contar com a ajuda de familiares e vizinhos). Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão é de chuva para os próximos dias.
Ao todo, 19 municípios decretaram situação de emergência e seis estudam decretá-la. Entre eles estão Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Paranaíba, Aquidauana, Campo Grande, Coxim, São Gabriel do Oeste, Nioaque, Maracajú, Santa Rita do Pardo, Ivinhema, Bonito, Chapadão do Sul, Sidrolândia, Miranda, Alcinópolis, Rio Verde de Mato Grosso, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Terrenos, Bandeirantes, Corguinho, Rochedo e Dourados.
