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Campo Grande

Professor da Capital é indiciado por abusar de alunos na sala

15 maio 2018 - 21h04

Depoimento dos adolescentes vítimas de possíveis estupros de um professor, em Campo Grande, aponta que os abusos eram cometidos durante as provas. Segundo o delegado Fábio Sampaio, responsável pelas investigações, todos disseram que, quem permanecia por último, recebia as mesmas ameaças. A prisão foi baseada nos relatos de três testemunhas. Outras quatro estão sendo apuradas, conforme publica o portal G1.

"Elas disseram que a maioria dos abusos eram cometidos em época de prova e, quem permanecia por último, ouvia: ah, você faz isto pra mim que eu te passo. Sobre dinheiro, isto consta nos autos do inquérito, no caso do depoimento do último menino. São três casos já apurados e outros quatro ainda em investigação", comentou Sampaio, que não deu mais detalhes do depoimento dos adolescentes.

Nesta terça-feira (15), o homem deveria retornar para as dependências da Depca (a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente), local que não possui cela adequada e por isto à noite ele teria que permanecer na Derf (Delegacia Especializada de Repressão à Roubos e Furtos), segundo o delegado. Agora estamos aguardando a Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária) se pronunciar sobre uma vaga para ele no presídio", explicou.

Preventiva

Na noite desta segunda (14), o professor de 59 anos e que atuava em uma escola na Vila Piratininga, foi preso. Ele estava escondido na casa de familiares. A prisão preventiva foi decretada pela 7ª Vara Criminal. "Nós tínhamos vários endereços que estávamos checando. A casa dele, sabíamos que não estava mais, já que o local tinha sido apedrejado. Nossas diligências então continuaram e ele foi preso na casa de outro familiar, cerca de 10 minutos depois", comentou na ocasião o delegado.

Segundo a polícia, os adolescentes de 12 e 13 anos comentaram entre si sobre os abusos. Os pais ficaram sabendo dos relatos e procuraram a delegacia para registrar boletim de ocorrência. Todas as vítimas seriam da mesma escola.

“Todas as vítimas já foram ouvidas, passaram pelo setor psicossocial e confirmaram (os abusos) e o suspeito, inclusive, já foi indiciado”, informou o delegado. Antes disso, conforme Fábio Sampaio, o homem já tinha sido indiciado em três inquéritos, por estupro de vulnerável. A pena para este tipo de crime varia de 8 a 15 anos de reclusão.