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Campo Grande

Testemunhas de acusação sobre investigação contra casal Olarte começam a ser ouvidas pela Justiça

23 fevereiro 2018 - 14h12Por Ricardo Mello/TV Morena

A Justiça começou, na quinta-feira (22), as audiências de uma investigação contra o ex-prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte e a mulher dele, Andreia. A audiência no Fórum foi a primeira de um total de sete que estão marcadas para ouvir as testemunhas do processo.

Nesta quinta-feira, foram ouvidas nove testemunhas da acusação, convocadas pelo Ministério Público.

Gilmar e Andreia Olarte são acusados por lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. São suspeitos de comprar vários imóveis sem ter renda suficiente para isso, quando ele ainda estava na prefeitura de Campo Grande.

Gilmar Olarte, a mulher e os outros três réus não prestaram depoimento, mas ficaram o tempo todo dentro da sala. Eles só vão ser ouvidos pelo juiz no final da última audiência, depois que todas as testemunhas já tiverem falado.

Olarte e a mulher chegaram a ser presos em agosto de 2016, mas foram soltos e respondem ao processo em liberdade. Depois de quebrar o sigilo fiscal de Andreia, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) descobriu que o casal tinha comprado imóveis em 2014 e 2015, totalizando mais de R$ 4 milhões, valor incompatível com a renda deles.

Os investigadores afirmam que eles colocaram bens em nome de outras pessoas para não chamar atenção. Vários pagamentos teriam sido feitos em dinheiro vivo.

“Terrenos que eu comprei em 2005, em 2007, paguei em 80 e poucas parcelas, e estão com essa acusação. Os documentos estão prontos para protocolar no processo”, afirmou Gilmar Olarte.

Segundo o MP-MS, o casal parou de pagar as parcelas da compra dos imóveis assim que Olarte foi afastado da prefeitura, o que seria uma evidência de que a fonte de dinheiro ilícito secou quando ele deixou de ser prefeito.

Além do casal Olarte, também são réus no mesmo processo o corretor de imóveis Ivanildo Rodrigues de Almeida, que ajudava nas negociações, além de Evandro Simões Farinelli e a mulher dele, Christiane Farinelli, apontados como laranjas. Segundo a investigação, eles recebiam dinheiro para emprestar os nomes para a compra dos imóveis.