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Homem suspeito de atear fogo no rosto de esposa é procurado pela polícia

12 dezembro 2017 - 12h25Por Luana Rodrigues/CE

A Polícia Civil está a procura de um homem que teria ateado fogo no rosto da esposa, enquanto ela dormia. O caso aconteceu na madrugada de domingo (10), no bairro Ramez Tebet, em Campo Grande.

O principal suspeito é o marido da vítima, Gilson Ferreira da Silva, 33 anos. A mulher, que está internada em estado grave na Santa Casa, é Adriele de Fátima Soares Silva, 27 anos. Ela é irmã de Wesner Moreira da Silva, que morreu no dia 14 de fevereiro, após ser agredido com uma mangueira de compressão.

De acordo com o pai de Adrieli, Valdeci Soares Silva, 61 anos, a jovem chegou à UPA (Unidade e Pronto Atendimento) do bairro Universitário, já em estado gravíssimo. "A gente não sabe quem a socorreu, mas lá perguntaram quem tinha feito aquilo com ela, e ela disse que foi o marido que jogou gasolina nela e ateou fogo", conta.

À tarde, Adriele precisou ser internada no Centro de Tratamento Intensivo da Santa Casa. Ela teve 25% do corpo queimado e teve de ser transferida devido a gravidade dos ferimentos que sofreu no rosto, pescoço, braços, tórax, barriga, peito, braços e nas vias respiratórias.

"Ela está em estado grave, queimou todo o rosto, teve queimadura externa e interna, os médicos nem tem muita esperança. Ele (suspeito) acabou com a menina, não sei como ela vai se olhar no espellho se resistir, porque ela é bem vaidosa", lamenta o pai.

Segundo o pai de Adrieli, o casal estava junto há aproximadamente um ano e três meses e a família já imaginava que a filha era vítima de violência doméstica. Ele desconfia que os dois fossem usuários de drogas. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio/ violência doméstica, na Delegacia de Atendimento à Mulher, onde Adriele já havia denunciado o marido por agressão, no dia 17 de novembro.

Gilson é procurado pela polícia para prestar esclarecimentos, mas ainda não é considerado foragido.

Morte Wesner

Wesner Moreira, 16 anos, morreu depois de ter ficado 11 dias em recuperação na Santa Casa da Capital. Uma mangueira de alta pressão foi inserida pelo chefe e um colega de trabalho no ânus do rapaz, no dia 3 de fevereiro. A morte foi causada por sangramento contínuo na altura do estômago, seguido de parada cardiorrespiratória.

Lava a jato onde aconteceu o crime foi incendiado no dia 8 de fevereiro, durante a madrugada. O dono do estabelecimento, bem como o funcionário, que era amigo de infância da vítima, seguem em local protegido por conta do risco de repressões.