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Complementação em perícia sobre caso Wesner é determinado pelo juiz

03 outubro 2017 - 11h53Por Rodolfo César/CE

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, determinou que o Instituto de Criminalística faça complementação em laudo pericial feito para reunir provas sobre a morte de Wesner Moreira da Silva, 17 anos.

Ele trabalhava em um lava a jato na Vila Morumbi em Campo Grande e dois colegas de trabalho introduziram mangueira de ar comprimido no ânus dele em 3 de fevereiro. A atitude causou sérios ferimentos na vítima, que ficou internada na Santa Casa da Capital e faleceu em 14 de fevereiro.

Ontem ocorreu nova audiência de instrução. Durante as oitivas, o Ministério Público Estadual requereu ao magistrado para que seja confirmado material encontrado na cueca da vítima. A defesa dos acusados também solicitou que o perito médico legista ateste o laudo emitido em fevereiro.

Exames realizados na época apontaram que Wesner sofreu "profunda e extensa laceração na altura do esôfago distal com sangramento profuso".

O laudo aponta que os compressores de ar comprimido produzem uma pressão de cerca de 90 psi. Estudos demonstraram que 40 psi podem estourar um tímpano se estiver a 30 centímetros de distância e ainda causar danos cerebrais. Se for 12 psi de pressão, é possível arrancar um globo ocular da órbita.

Na boca, o ar comprimido com apenas 5 psi tem força para provocar lesões graves no esôfago e pulmões. O atestado apontou que as lesões sofridas por Wesner podem ser provocadas pela mangueira.

Nova audiência foi determinada para acontecer em 30 de outubro, às 15h30, para interrogatórios dos acusados T.G.D.S e W.E.L.

O caso

O adolescente morreu depois de ter ficado 11 dias em recuperação na Santa Casa da Capital. O crime aconteceu em 3 de fevereiro. A morte foi causada por sangramento contínuo na altura do estômago, seguido de parada cardiorrespiratória.

Lava a jato onde aconteceu o crime foi incendiado no dia 8 de fevereiro, durante a madrugada. O dono do estabelecimento, bem como o funcionário, que era amigo de infância da vítima, seguem em local protegido por contra do risco de repressões.