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Após quase 1 mês desaparecido polícia não sabe paradeiro do menino Kauan Andrade

21 julho 2017 - 14h26Por Renan Nucci/CE

Nebuloso. É assim que o delegado Paulo Sérgio Laureto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), avalia o desaparecimento do menino Kauan Andrade dos Santos, de 9 anos, que está prestes a completar um mês.

Ele foi visto pela última vez no dia 25 de junho, cuidando de carros na região da Coophavilla, em Campo Grande, juntamente com colegas que voltaram para a casa.

Desde então, não há pistas que indiquem o paradeiro, apenas informações desencontradas que só aumentam a angústia da família e dificultam as investigações. Por este motivo, a delegacia destacou uma equipe para cuidar apenas deste inquérito.

Segundo Lauretto, além da falta de informações, outros aspectos contribuem para que Kauan demore a ser encontrado, como por exemplo, a omissão de terceiros.

“Ele estava cuidando de carros com outros meninos por volta de 1 hora da madrugada. Se os adultos que os viram tivessem procurado pelos responsáveis, ou até mesmo acionado a polícia ou o Conselho Tutelar, já que crianças não devem ficar sozinhas na rua, o menino certamente já estaria em casa”, disse.

O delegado afirma que este é o caso mais complexo de desaparecimento em que trabalhou desde que assumiu a DEPCA.

“Em outros casos, as crianças somem por poucas horas. Geralmente estão chateadas com algum problema em casa e fogem para casa de parentes ou amigos, mas voltam quando precisam, ao contrário deste, que não há testemunhas ou relatos fiéis de onde ele possa estar. Isso torna o caso obscuro, nebuloso”, pontuou.

De acordo com a tia Luzinete dos Santos Andrade, 34 anos, no dia do sumiço, Kauan acordou cedo e saiu de casa, no Pênfigo, onde mora com a mãe e o padrasto, para visitar a avó, que reside no Jardim Colorado, não muito distante.

“Ele tomou café da manhã lá, brincou com a irmã e depois saiu para a rua com os amiguinhos, como sempre fez. Ele gostava de ficar na rua soltando pipa e jogando bola. Como conhecemos a maioria das pessoas com quem ele andava, não vimos problema”, disse.

Entretanto, anoiteceu e o menino não voltou. Na manhã seguinte, familiares souberam que ele estava à noite com outros meninos, cuidando de carros na Coophavilla.

Na ocasião, um mototaxista teria se aproximado e os intimidado dizendo que não deveriam estar ali e que acionaram o Conselho Tutelar. Neste momento, as crianças se assustaram e correram, dispersando-se.

“Depois disso ninguém sabe o que aconteceu com ele. Um dos meninos ficou com medo do pai e voltou para a casa com o mototaxista. Os outros foram embora depois, mas ninguém sabe para onde Kauan foi”, lamentou a tia.

A partir daí, a família recebeu algumas informações de que ele teria sido visto soltando pipas na região do Bairro Nova Campo Grande. Até mesmo o chinelo era semelhante.

Foram feitas buscas, mas em vão. A Polícia Civil recebeu informações de que estaria em Sidrolândia, mas não passava de boatos.

Todos os familiares e amigos próximos já foram consultados. No próximo dia 25, a família promove “Ato Público em Defesa da Vida e da Infância”, na Praça Ary Coelho, como forma de tentar sensibilizar a sociedade em busca de respostas.

Informações podem ser enviadas pelos números (67) 9938-8493, (67) 99298-6985 ou 190 (Polícia Militar).