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Situação ambiental de unidade da JBS é investigada pelo MP

21 junho 2017 - 13h59Por Nadyenka Castro e Marcos Ribeiro/G1

O Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MP-MS) investiga se uma das duas unidades da JBS que operam em Campo Grande tem cumprido normas ambientais legais. O edital do inquérito foi publicado na edição de terça-feira (20) do Diário Oficial do órgão estadual.

A JBS disse que ainda não foi notificada pelo Ministério Público Estadual e que " a companhia reitera o seu compromisso com a segurança dos colaboradores, comunidade e meio ambiente e reforça que realiza, constantemente, investimentos e melhorias nos processos administrativos, estruturais e de produção, visando assegurar sempre as melhores condições de trabalho e de proteção ao meio ambiente”.

Conforme o MPE, é apurado se houve descumprimento de alguma norma ambiental na unidade localizada na BR-060, tendo como consequência vazamento de amônia com intoxicação de funcionários, nos dias 6 e 7 de abril deste ano.

O inquérito civil foi aberto a pedido da Polícia Militar Ambiental (PMA), após verificar que o Corpo de Bombeiros constatou durante vistorias no frigorífico, que a bomba por onde passa a amônia, onde houve o vazamento, "estava em péssimas condições de conservação".

O procedimento já tem centenas de páginas. Após notificada sobre a investigação, a empresa terá 15 dias para responder ao MPE, que também irá oficiar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Campo Grande para verificar questões burocráticas ambientais do funcionamento do frigoríficos.

O MPE irá pedir informações ainda à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (DECAT), que apura a situação criminal referente ao vazamento de amônia.

Vazamento

O gás tóxico usado para refrigeração de câmeras frias vazou na tarde do dia 7 de abril. A amônia no ar causou mal estar nos funcionários. O frigorífico foi multado pela PMA em R$ 1 milhão por poluição e pelo fato de pessoas terem passado mal.

Os policiais ambientais verificaram que a empresa tomou as medidas adequadas no controle dos contaminantes. Se a situação não fosse regularizada, a multa poderia chegar a R$ 50 milhões.

Cerca de 12 foram atendidas no ambulatório do frigorífico e encaminhadas para unidades de saúde. A Coordenadoria de Urgência e Emergência da prefeitura de Campo Grande afirmou que 78 funcionários passaram mal. No dia seguinte ao vazamento, a unidade voltou a funcionar normalmente.