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Greve contra Previdência acampa no prédio de Marun na Capital

15 março 2017 - 20h32

A Greve Nacional contra a Reforma da Previdência em Mato Grosso do Sul começou às 3 horas da manhã e fez com que os mais diversos sindicatos do transporte, com apoio de outros segmentos, parassem os coletivos antes mesmo que os carros saíssem das garagens para o dia de trabalho. Essa ação já gerou grande impacto, pois parou a cidade e logo após essa mobilização os mais diversos segmentos seguiram para a praça Ary Coelho, no centro da cidade, onde fizeram um grande ato e passeata com mais de 20 mil pessoas, conforme avaliação da Fetems, entidade que encabeçou a manifestação na capital do Estado.

A educação pública é um dos carros chefes da mobilização nacional em Mato Grosso do Sul; por isso, a Fetems e os 73 sindicatos de base, que conseguiram fechar mais de 95% das escolas públicas das redes municipais e estaduais do Estado, participou com pessoas de várias partes do Estado nas ações em Campo Grande e ainda realizou atos, passeatas e audiências na maioria dos municípios, como o fechamento, junto com os trabalhadores rurais, da BR 163 com a 267, em Nova Alvorada, acesso ao sul do Estado, durante toda a manhã desta quarta-feira (15).

Após as ações da manhã na Capital, os trabalhadores dos mais diversos setores seguiram para a casa do deputado federal Carlos Marun (PMDB), que já se declarou favorável à Reforma da Previdência e atualmente é presidente da Comissão que analisa a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287, que trata sobre o assunto, na Câmara Federal. O parlamentar mora no Residencial Damha II, um complexo de três condomínios de luxo, que atualmente abriga cerca de cinco mil pessoas. Em Dourados, a manifestação se concentrou em frente ao escritório político do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), no centro da cidade.

De acordo com o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli Cesar, a ação que teve data e hora para começar, não tem dia certo para ser encerrada, pois a ideia dos movimentos sociais e sindicais que organizam o protesto é justamente mostrar aos parlamentares federais de Mato Grosso do Sul que o povo é organizado e sabe batalhar pelos seus direitos. “Ou param esta reforma absurda ou paramos o Brasil, não podemos mais ver a classe trabalhadora, responsável pelo desenvolvimento deste país, sofrendo nas mãos de seus governantes, principalmente de um governo ilegítimo como o do Michel Temer (PMDB) que vem com a ideia de diminuir a nossa previdência, aumentar a idade da aposentadoria, igualar o tempo de serviço entre homens e mulheres, entre outras barbaridades”, explicou.
Sobre o acampamento em frente à casa do deputado Marun, o secretário de finanças da Fetems, Jaime Teixeira, ressaltou que se ele defendesse a classe trabalhadora como defendeu, com unhas e dentes, o ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, nada disso estaria acontecendo. “Se o Marun nos defendesse como defendeu o Cunha com certeza não estaríamos em frente à sua casa. Hoje ele é presidente da Comissão na Câmara e pode mudar esta reforma absurda, feita de cima pra baixo, com justificativas facilmente derrubáveis, como o rombo. Em 2015, a Seguridade Social teve um saldo positivo de 11 bilhões de reais. Portanto, não há uma falência no sistema como alega o governo Temer”, ressalta.