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Campo Grande

Invasão em área da prefeitura é expandida para área particular do kartódromo

29 outubro 2016 - 11h36

Invasão na área da Prefeitura de Campo Grande, localizada atrás do Kartódromo Ayrton Senna, no Bairro Vila Moreninha II, iniciada em 2008, há duas semanas começou a ser estendida para terreno particular da Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul. A instituição registrou boletim de ocorrência e na segunda-feira (31) pretende entrar com ação judicial de esbulho possessório.

Diversas casas foram construídas na propriedade municipal, que, conforme Odair Volpe, vice presidente da Associação Fórmula de Kart Pantanal (AFKP), foi cedida verbalmente à entidade para servir de estacionamento. “Quando tinham grandes eventos aqui, a prefeitura montava arquibancada e as pessoas estacionavam ao lado, e ninguém pagava nada por isso”, informou Volpe.

Em 2008, quando começaram a construir as casas na área pública, a associação e a federação tentaram impedir, sem sucesso. “Na época nós avisamos a prefeitura, mas nada foi feito”, relatou Wagner Coin, presidente da Federação de Automobilismo de MS.

 

Como a invasão expandiu-se para o terreno particular da AFKP, na manhã de hoje Volpe esteve no local. Ele conversou com o responsável pela construção da primeira casa no terreno da associação. “Falei para ele que a área era particular, ele disse que não ia sair porque já tinha gasto dinheiro. Disse ainda que partes do terreno haviam sido vendidas para outras pessoas que em breve deveriam iniciar a construção de mais casas.”

Para Odair, o morador reforçou que comprou a área de uma pessoa que mora nas redondezas. “Ele até chegou a procurar pela pessoa que vendeu o terreno, mas acabou desistindo”. A reportagem do Portal Correio do Estado esteve na área e constatou que a construção da casa seguia durante esta tarde. Um dos moradores da região não quis comentar o assunto com medo de represálias.

DEMARCAÇÃO

A pista de kart é cercada por muro de concreto e há também alambrado, mas o local invadido não tem demarcação. “Não colocamos cerca porque ficava difícil o acesso das pessoas à arquibancada, já que os carros paravam logo ao lado, mas agora, depois disso, vamos ter que colocar e fechar a área”, pontuou Wagner Coin, presidente da Federação de Automobilismo de MS.

Além da invasão, a área está tomada de lixo e restos de material de construção, o que acaba favorecendo o desenvolvimento de insetos.

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