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Para aceitar delação, Gaeco quer que Olarte dê “nome aos bois”

04 setembro 2016 - 12h36

Coordenadora do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a promotora Cristiane Mourão Leal Santos afirma que o Ministério Público somente aceitará eventual delação premiada do prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido), se ele acrescentar informações novas, além do que já foi desvendado pelo órgão, como nomes e ilícitos de pessoas que ainda não foram envolvidas, e permitam abrir novas frentes de investigação. Em resumo, Olarte deve dar nome aos bois. Até agora, ele ou qualquer advogado não entrou em contato com Gaeco para negociar acordo de delação.

Ele e a esposa, Andreia Olarte, estão presos desde o dia 15 e, sem sucesso nas tentativas de habeas corpus, estariam analisando a possibilidade de entregar detalhes de esquema milionário de propinas para irrigar a campanha eleitoral de um dos candidatos ao Governo do Estado em 2014.

“Em nenhum momento Olarte, Andréia ou qualquer advogado deles procurou o Ministério Público para começar a oferecer a delação premiada. Não fomos procurados para tratar desse assunto. Agora, digamos que venha a existir manifestação do denunciado para fazer a delação premiada, temos que negociar. Primeiro, é preciso que ele nos diga o que está disposto a falar, porque uma das premissas da delação é trazer dados que nos possibilitem desvendar a participação de outras pessoas, como essa participação aconteceu, se ela se restringiu ao objeto da nossa investigação ou se cabe ali abrir um novo procedimento”, diz a promotora.