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Campo Grande

Cade apura fraude em licitação para transporte público de Campo Grande

04 agosto 2016 - 18h26

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) informou que há uma investigação em curso para apurar a prática de cartel no suposto esquema de fraude em licitações de ônibus revelado nesta quinta-feira (4) pelo portal G1. Conforme documentos exclusivos obtidos pelo portal, o esquema operou em pelo menos 19 cidades de sete estados e do Distrito Federal com o objetivo de favorecer, principalmente, empresas de duas famílias – Constantino e Gulin. Campo Grande aparece na lista.

Entre os documentos, há troca de e-mails entre empresários, advogados e funcionários de prefeituras sobre a elaboração de editais de forma a atender os interesses das empresas nas licitações. Em alguns casos, os empresários combinam com empresas “parceiras” a participação na concorrência apenas para “perder” e viabilizar a vitória dos grupos Gulin e Constantino, o que poderia configurar cartel [associação entre empresas do mesmo ramo] com objetivo de dominar o mercado e limitar a concorrência.

Em nota, o Cade informou que está atuando em cooperação com o Ministério Público, para identificar os crimes que possam ter ocorrido nas licitações de transporte público.

Os documentos obtidos pelo G1 põem sob suspeita licitações em Brasília e em cidades de Santa Catarina, Paraná, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará, Em vários casos, os editais de licitação - que deveriam ter sido feitos pelas prefeituras – são redigidos pelos próprios empresários e advogados meses antes do anúncio oficial da licitação, conforme a publicação.