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Supremo mantém prisões preventivas de fazendeiros envolvidos em conflito indígena

28 setembro 2017 - 12h34Por Correio do Estado

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve prisão preventiva de cinco fazendeiros acusados de envolvimento em um ataque a indígenas em Caarapó, em junho de 2016.

O ataque à comunidade Tey Kuê, na Fazenda Yvu, deixou um morto e oito feridos. A decisão reverte liminar concedida monocraticamente pelo ministro Marco Aurélio.

As prisões aconteceram agosto do ano passado. Entre os detidos estão Jesus Camacho, Virgilio Mettifogo, Eduardo Yoshio Tominaga, Nelson Buainain Filho e Dionei Guedes. Na época, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca de apreensão expedidos pela Justiça Federal de Dourados.

Na ação, foram encontradas diversas armas como um rifle calibre .38, uma pistola calibre. 380 e sete espingardas de diversos calibres. A maioria dos cartuchos é de calibres .22, .380 e .38.

Confronto

No dia 12 de junho, índios da comunidade Tey Kuê, da etnia Guarani-Kaiowá, ocuparam a Fazenda Yvu. No dia seguinte, agentes da Polícia Federal foram notificados da ocupação por fazendeiros que os levaram até o local.

Os policiais não encontraram reféns e foram informados pelos indígenas de que o proprietário poderia, em 24h, retirar o gado e seus pertences do local. Sem mandado de reintegração de posse, os PFs retornaram a Dourados.

Os proprietários rurais que foram presos ontem e mais 200 ou 300 pessoas ainda não identificadas, munidas de armas de fogo e rojões, se organizaram para expulsar os índios do local em 14 de junho.

De acordo com testemunhas, foram mais de 40 caminhonetes que cercaram os índios, com auxílio de uma pá carregadeira, e começaram a disparar em direção à comunidade.

De um grupo de 40 a 50 índios, oito ficaram feridos e Clodioude Aquileu Rodrigues morreu. Dos indígenas feridos, um deles continua internado.

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