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Em meio à proliferação da dengue, Londrina (PR) proíbe flores e vasos em cemitérios da cidade

10 fevereiro 2011 - 20h58Por Redação Douranews, com Uol

A proibição a flores artificiais e naturais, vasos e arranjos nos cemitérios da cidade, a partir desta quinta-feira (10), foi uma das alternativas que a Prefeitura de Londrina (379 Km de Curitiba) encontrou para tentar frear o avanço da dengue no município. Dos 582 casos registrados da doença em todo o Paraná, 275 estão no município da região norte 203 deles na zona leste da cidade.

Os números constam do balanço mais recente da Secretaria de Saúde do Paraná, divulgado no último dia 7. Conforme o documento, em 165 municípios há 5.064 notificações ainda sob investigação. Também nesse caso Londrina lidera o ranking, com 1.776 casos suspeitos, seguida das cidades de Jacarezinho (545), na divisa com o Estado de São Paulo, e Foz do Iguaçu (509), na fronteira com a Argentina e o Paraguai.

Segundo a superintendente da autarquia municipal que administra os cinco cemitérios da zona urbana e os oito da zona rural de Londrina, Luciana Viçoso, a proibição aos vasos e flores artificiais é permanente; as flores naturais só serão permitidas em datas específicas dia das mães (maio), dia dos pais (agosto) e finados (2 de novembro).

“São medidas mais drásticas, mas necessárias, tendo em vista que a cidade decretou estado de emergência, devido à doença, no último dia 31”, justificou. “Além disso, as campanhas de conscientização que fizemos com as pessoas que visitam os cemitérios, a fim de que evitassem focos para o mosquito da dengue, não surtiram efeito; elas não têm noção ainda do que está acontecendo."

A determinação, expressa em decreto municipal, não prevê multa em caso de desobediência apenas a retirada sumária dos arranjos, flores e vasos capazes de armazenar água.

Histórico e mortes

A proliferação de casos de dengue em Londrina não é novidade: nos últimos sete anos a cidade alterna períodos mais ou menos críticos de combate à doença. O ano de 2003 marcou a maior epidemia da história do município: foram mais de 7.000 confirmações em todas as regiões.

Atualmente, além de um paciente confirmado com dengue hemorrágica (forma mais grave da doença), a Secretaria Municipal de Saúde aguarda do Lacen (Laboratório Central do Estado), em Curitiba, o resultado de exames que comprovarão ou não se três pessoas que morreram com sintomas da doença estavam de fato contaminadas.