A criança de um ano que teve a ponta do dedo cortada por engano, no Hospital do Mandaqui, em São Paulo, está traumatizada após o episódio. A declaração é do pai da criança, David Jefferson Bahia Principe.
“Ela começa a passar mal quando vê uma pessoa diferente. Não pode ver ninguém vestido de branco que já começa a chorar. Quem é que vai cuidar disso?”, disse o pai.
Davi afirmou ter ficado tão atordoado, no momento do acidente, que só pensou em socorrer a filha. “Procurei saber o que estava acontecido com a minha filha, porque tinha muito sangue”. Ao descobrir a razão, ele tentou localizar a enfermeira que cortou o dedo da menina, mas a mulher foi isolada por seguranças e saiu do local sob escolta policial. “Só a vi na delegacia”.
O pai da criança afirmou que deve acionar o Estado na Justiça para ser indenizado, mas que a família não vai conseguir superar o episódio. “Nem gosto de ficar lembrando. Levei minha filha para cuidar de uma coisa e agora ela tem um problema que vai levar para o resto da vida”.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, a auxiliar de enfermagem trabalha no local há dez anos e não há registro de falhas.
Ela foi afastada por tempo indeterminado e terá direito a defesa, mas pode ser exonerada caso seja constatada falta grave. Uma sindicância será aberta na segunda-feira.
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