Um brasileiro chuta a bola contra o mosquito Aedes aegypti que veste a camisa da seleção argentina.
Esta é uma das peças publicitárias da Prefeitura de Barretos (423 km de São Paulo) lançadas neste mês para o combate à dengue no período de chuva.
São quatro mensagens, espalhadas por outdoors em 15 pontos da cidade. Outra peça, com a foto de uma moça de biquíni, diz: "Hoje ela faria 17 anos. No verão passado conheceu a dengue".
A proposta, segundo o diretor do departamento de Comunicação de Barretos, Marcelo Murta, é usar imagens que choquem --como a insinuação da morte da modelo-- ou causem polêmica para chamar a atenção para o combate à doença.
Em 2010, a cidade já tinha polemizado ao usar a imagem do rosto de uma pessoa com dengue hemorrágica, com manchas escuras.
Para o diretor da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) de Ribeirão, Carlos Aiello, Barretos segue a tendência da publicidade. "Hoje é comum usar mensagens de impacto. Se não chocar, não tem mudança de comportamento", disse.
Ele condena, porém, o uso da rivalidade com os argentinos. "E uma apelação."
Do início de janeiro até esta terça-feira (25), o município registrou 13 casos --em 2010, foram 1.083. Barretos já viveu uma grande epidemia em 2001, com 3.400 registros.
