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Temporal mudou geografia da região serrana do Rio

21 janeiro 2011 - 20h32

Coordenador de engenharia no resgate às vítimas de Nova Friburgo o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno Júnior, diz que as chuvas foram tão devastadoras na cidade que “mudaram o curso dos rios”.

“A bacia hidrográfica passou a ser outra, e isso altera também o ecossistema. Vamos ter de refazer o desenho dos rios nos mapas e acrescentar ilhas fluviais que nunca existiram. E não há como voltar ao traçado antigo porque muitos dos sobreviventes foram parar nessas ilhas”.

Ontem pela manhã, homens do Exército começaram a sobrevoar as áreas atingidas para fotografar a nova geografia das cidades. As imagens captadas serão depois inseridas em um programa de computador, que cria os mapas a partir desses dados. O Exército espera ter esses mapas impressos em no máximo 48 horas.

“Os deslizamentos e as enchentes modificaram muito a geografia das cidades, principalmente nas áreas rurais. Isso traz dificuldade para as tropas se localizarem”, diz o major Rovian Alexandre Janjar.

Moreno afirma que a área mais atingida da cidade foi o Córrego Dantas, às margens da estrada que liga Nova Friburgo a Teresópolis. Ali, um riacho que tinha 4 metros de largura por 2m de profundidade passou a ter 100m por 8m. Ele nega que tenham ocorrido tremores de terra além dos causados pelos deslizamentos como acreditam alguns moradores da região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Número de mortos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que mais corpos foram encontrados nas cidades de Teresópolis e Nova Friburgo, na região serrana do Estado. O número de mortos chegou a 676, de acordo com o balanço divulgado na manhã de hoje.

No total, em Teresópolis foram resgatados 277 corpos e em Nova Friburgo, 319. Nas demais cidades, os números seguem sem alteração. Em Sumidouro, 19 corpos foram resgatados, em Itaipava (distrito de Petrópolis) 56, quatro em São José do Vale do Rio Preto e um em Bom Jardim.

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