Especialistas em formação de engenheiros constatou que faltam profissionais dessa área no mercado, principalmente em setores aquecidos do mercado como o da construção civil. Essa situação apresentou reflexos nas ofertas das empresas para vagas de estágio e trainee nas quais estudantes e recém formados em engenharia são os mais solicitados pelas empresas e também pelos programas com melhores salários, conforme mostram os programas cadastrados no banco de dados do portal. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), se continuar essa demanda por engenheiros, vão faltar 150 mil desses profissionais já em 2012 no Brasil.
Essa constatação ganha mais peso diante da necessidade de investimentos em obras de infraestrutura no país devido à realização da Copa do Mundo em 2014, Olimpíadas em 2016 e à expectativa da exploração das reservas de pré-sal. Um dos principais motivos para a falta de profissionais apontados pelos especialistas é que o Brasil forma a metade de engenheiros que precisa.
PAC - De acordo com o diretor da Faculdade Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) José Roberto Cardoso, se o país continuar formando apenas 32 mil engenheiros por ano, precisará de oito anos para atender à demanda das anunciadas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ele, para cada milhão de dólares investido no país abre-se a necessidade de criar uma vaga de engenheiro. “Só para as obras do PAC estão previstos 250 bilhões de dólares em investimentos, o que cria uma demanda de 250 mil engenheiros”, diz o diretor.
Para Marcos Formiga, coordenador do projeto Inova Engenharia da CNI/Senai, que se destina a incentivar a formação de engenheiros, “o Brasil ainda verifica um êxodo de engenheiros da área de informática e uma importação na área de telecomunicações”, diz.
